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Irã negociaria enriquecimento do urânio, diz deputado

O Irã não está disposto a suspender o enriquecimento de urânio, mas pode negociar com o Grupo 5+1 o nível de pureza, disse porta-voz nas negociações


	Negociador-chefe nuclear do Irã, Saeed Jalili: "consideramos que o direito ao enriquecimento (de urânio) é algo inalienável do povo iraniano, seja de 5% ou 20%", disse
 (Shamil Zhumatov/Reuters)

Negociador-chefe nuclear do Irã, Saeed Jalili: "consideramos que o direito ao enriquecimento (de urânio) é algo inalienável do povo iraniano, seja de 5% ou 20%", disse (Shamil Zhumatov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 13h48.

Teerã - O Irã não está disposto a suspender o enriquecimento de urânio dentro de seu programa nuclear, mas pode negociar com o Grupo 5+1 o nível de pureza, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Comissão de Política Externa e de Segurança Nacional do Parlamento iraniano, Seyed Hussein Nagavi Hosseini.

A negociação sobre o assunto do enriquecimento de urânio "é uma de nossas linhas vermelhas, mas estamos prontos para negociar sobre o nível de pureza desse enriquecimento", disse Nagavi Hosseini em declarações divulgadas pela agência local "Fars".

O deputado acrescentou que o Irã "tentará fornecer a sua indústria nuclear o urânio enriquecido no nível que precisar", que segundo o governo de Teerã atualmente é de 3,5% e 5% de pureza para uso indústria e produção de energia e de 20% para o reator de pesquisas de uso médico de Teerã.

Para Nagavi, as negociações com o Grupo 5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) mais Alemanha, continuarão nos próximos meses e "o presente ano será muito importante" para o Irã em matéria nuclear.

Após a última rodada de negociações entre Irã e o 5+1 em Almaty, encerrada sem resultados concretos, no dia 6 deste mês, o negociador-chefe iraniano, Saeed Jalili, disse: "Consideramos que o direito ao enriquecimento (de urânio) é algo inalienável do povo iraniano, seja de 5% ou 20%".

Por sua vez, a chefe da diplomacia europeia e coordenadora do 5+1, Catherine Ashton, afirmou esse dia que "ficou claro que as posturas do Irã e o 5+1 seguem sendo distantes".

Ashton disse que o 5+1 precisa de "segurança sobre os fins pacíficos do programa nuclear" do Irã, que Teerã diz que é exclusivamente civil, embora alguns países, tendo os EUA à frente, suspeitam que pode ter finalidade bélica.

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