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Irã não confirma acordo de "bens por petróleo" com a Rússia

O projeto de acordo previa naquele momento que Teerã exportasse 70.000 barris de petróleo por dia à Rússia em troca de produtos manufaturados e agrícolas

Presidente iraniano Hassan Rohani circula de carro em Rasht: Irã e Rússia tentam encontrar novos mercados para contornar as sanções ocidentais (HO/AFP)

Presidente iraniano Hassan Rohani circula de carro em Rasht: Irã e Rússia tentam encontrar novos mercados para contornar as sanções ocidentais (HO/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 12h12.

Teerã - O Irã não confirmou nesta quarta-feira que tenha assinado um acordo de "bens por petróleo" com a Rússia, embora sua implementação tenha sido anunciada na véspera por um funcionário russo.

O projeto de acordo, revelado pela imprensa russa em 2014, previa naquele momento que Teerã exportasse 70.000 barris de petróleo por dia à Rússia em troca de produtos manufaturados e agrícolas, num momento em que os dois países enfrentam sanções ocidentais.

"Não assinamos nada referente a uma troca", afirmou o ministro iraniano do Petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, citado pela agência Isna, embora tenha admitido que os dois países "assinaram coisas, mas não sob o termo de 'troca'".

"Não assinei nenhuma troca de bens por petróleo e não vou dizer o que assinei", sentenciou, diante da insistência dos jornalistas.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, afirmou na terça-feira em Moscou que estava sendo implantado um programa de troca de bens por petróleo.

"Incluirá cereais e certos tipos de equipamentos, como materiais de construção", sem informar quando este acordo estaria efetivo.

Em setembro de 2014, os dois países assinaram uma série de protocolos de acordo destinados a multiplicar por 10 entre 2014 e 2016 o volume de intercâmbios entre Moscou e Teerã, estimado na época em 1,5 bilhão de dólares.

Irã e Rússia tentam encontrar novos mercados para contornar as sanções ocidentais, contra Teerã por seu programa nuclear, e contra Moscou por seu apoio à rebelião na Ucrânia.

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