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Irã lança 14 mísseis durante manobras 'defensivas'

O objetivo dos lançamentos é demonstrar a força do país e dissuadir Israel e os Estados Unidos de atacar a República iraniana

Um míssel Zelzal é lançado no segundo dia de 'manobras defensivas' no país: foram disparados 13 modelos de curto alcance e um de médio (Rouholla Vahdati/AFP/AFP)

Um míssel Zelzal é lançado no segundo dia de 'manobras defensivas' no país: foram disparados 13 modelos de curto alcance e um de médio (Rouholla Vahdati/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 09h18.

Teerã - O Irã lançou nesta terça-feira 14 mísseis balísticos de curto e médio alcance, durante um de seus tradicionais exercícios de "defesa" destinados a demonstrar a força do país e a dissuadir Israel e Estados Unidos de atacar a República Islâmica.

Os 'Pasdaran', oficiais da Guarda Revolucionária que controlam o programa de mísseis iraniano, dispararam um "Ghadr" de médio alcance (1.800 a 2.000 km) e outros 13 modelos de curto alcance: "Zelzal" (400 km), Shahab 1 e Shahab 2 (300 a 500 km).

A informação foi revelada pela televisão estatal, que citou o general Amir Ali Hajizadeh, comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária, o exército de elite iraniano.

Os disparos foram efetuados como parte dos 10 dias de "manobras defensivas" iniciados na segunda-feira pela Guarda Revolucionária, que todos os anos executa exercícios deste tipo e que são amplamente divulgados.

O Ghadr, que teoricamente pode atingir o território de Israel, é uma versão aperfeiçoada do míssil de combustível líquido Shahab-3 iraniano, desenvolvido a partir do No-dong norte-coreano, segundo os especialistas ocidentais.

Os mísseis Shahab 1 e 2, assim com o Zelzal, são derivados do "Scud" soviético.

Apesar do Irã ter apresentado as manobras como uma "mensagem de paz e amizade para os países da região", que não ameaçam nenhum país, o general Hajizadeh designou claramente os destinatários da demonstraçãod e força.

"Os mísseis iranianos estão dirigidos a objetivos americanos na região e ao regime sionista", declarou à agência oficial Irna.

Em várias ocasiões, Israel e Estados Unidos afirmaram não descartar ataques militares contra a República Islâmica, suspeita, apesar dos reiterados desmentidos, de tentar produzir armamento atômico sob a fachada de um programa nuclear civil.

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