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Irã instalou novas centrífugas, afirma AIEA

Os Estados Unidos definiram como uma provocação e Israel indicou que o Irã "está mais perto do que nunca" da bomba atômica

Reprodução de imagem da emissora estatal Press TV mostra centrífugas na usina nuclear de Natanz (AFP)

Reprodução de imagem da emissora estatal Press TV mostra centrífugas na usina nuclear de Natanz (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 23h12.

Viena - O Irã começou a instalar centrífugas mais modernas em sua usina de Natanz no início de fevereiro, segundo um informe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), divulgada nesta quinta-feira.

Os Estados Unidos definiram como uma provocação e Israel indicou que o Irã "está mais perto do que nunca" da bomba atômica.

"No dia 6 de fevereiro de 2013, a AIEA observou que o Irã começou a instalação de centrífugas IR-2m" em Natanz, segundo o relatório da agência da ONU.

"É a primeira vez que centrífugas mais avançadas que as IR-1 foram instaladas" nesta usina de enriquecimento de urânio, acrescentou.

Em 13 de fevereiro, o chefe da Organização Iraniana de Energia Nuclear (OIEA), Fereydun Abasi Davani, anunciou o começo da instalação de novos equipamentos, o que não foi confirmado pela AIEA.

"A instalação de novas centrífugas modernas constitui uma nova escalada e uma violação contínua das obrigações do Irã conforme as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da AIEA. Isto marca um passo provocador adicional", afirmou nesta quinta-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Em um relatório publicado nesta quinta-feira, a AIEA apontou que o Irã começou a instalar centrífugas mais modernas no início de fevereiro em suas instalações de enriquecimento de urânio de Natanz.

O enriquecimento está no centro do conflito entre o Irã e as grandes potências, que suspeitam que o país pretende enriquecer urânio até 90%, nível necessário para fabricar uma bomba atômica, o que as autoridades iranianas desmentem.

O Irã afirmou que só pretende enriquecer para fins civis - até 5% para produzir eletricidade e 20% para alimentar seu laboratório de pesquisa nuclear - e reivindica seu direito de enriquecer urânio como signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

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