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Irã, Índia e Afeganistão fazem acordo para porto comum

O acordo, que prevê investimentos comuns, chega em um momento em que o Irã aspira dar um importante impulso em suas trocas comerciais


	Hassan Rouhani e Narendra Modi: "Hoje é um dia histórico no desenvolvimento das relações entre os três países"
 (Reuters)

Hassan Rouhani e Narendra Modi: "Hoje é um dia histórico no desenvolvimento das relações entre os três países" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 15h04.

Os dirigentes iraniano, indiano e afegão assinaram nesta segunda-feira em Teerã um acordo tripartidário a fim de desenvolver o porto de Chabahar, no extremo sudeste do Irã, Oceano Índico, com o objetivo de aumentar os intercâmbios comerciais entre os três Estados.

"Hoje é um dia histórico no desenvolvimento das relações entre os três países", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em declaração transmitida pela televisão na presença de seus homólogos indiano e afegão, Narendra Modi e Ashraf Ghani.

O acordo, que prevê investimentos comuns, chega em um momento em que o Irã aspira dar um importante impulso em suas trocas comerciais, aproveitando o fim de grande parte das sanções internacionais após o acordo com as grandes potências sobre seu programa nuclear.

Teerã quer fechar acordos com os países ocidentais, mas também com os asiáticos, especialmente com a Índia, que era o segundo maior fornecedor de petróleo até 2011-2012, quando as sanções obrigaram Nova Deli a reduzir sua dependência do petróleo iraniano.

"Queremos nos conectar com o mundo, mas os vínculos entre nós (três) são uma prioridade", declarou Modi, em Teerã, no domingo. O dirigente indiano havia anunciado que seu país irá abrir uma linha de crédito de 500 milhões de dólares para o desenvolvimento de Chabahar.

Ghani, que chegou nesta segunda-feira à capital iraniana, assinalou que o objetivo do acordo é conquistar "uma cooperação econômica-cultural global" entre os três países.

Situado a 1.800 km ao sudeste de Teerã, a zona franca de Chabahar é um dos grandes projetos para o desenvolvimento do sul do Irã.

Seu porto, que permite desviar o grande tráfego do Estreito de Ormuz, poderia atrair empresas do Paquistão, do Golfo, da China e de outros países da Ásia e Europa.

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