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Irã importa 149 toneladas de concentrado de urânio

O concentrado de urânio é proveniente da Rússia e faz parte de um acordo nuclear entre as potências

Irã: novo presidente americano, Donald Trump, se mostrou contrário ao acordo (Nick Taylor/Wikimedia Commons)

Irã: novo presidente americano, Donald Trump, se mostrou contrário ao acordo (Nick Taylor/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 09h17.

O Irã receberá nesta terça-feira da Rússia a última remessa de uma importação de 149 toneladas de concentrado de urânio prevista no âmbito do acordo nuclear com as grandes potências, declararam nesta segunda-feira responsáveis da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA).

"O primeiro carregamento chegou no dia 26 de janeiro de avião e o último chegará amanhã, terça-feira (...) No total são 149 toneladas de Yellow Cake (concentrado de urânio), que se somam às reservas do país", declarou Ali Akbar Salehi, chefe da OIEA, à agência de notícia Fars.

O responsável informou que, desde a entrada em vigor do acordo, em janeiro de 2016, o Irã havia "importado 210 toneladas de concentrado de urânio e enviado em contrapartida ao exterior urânio enriquecido a 3,5%", como prevê o acordo.

O concentrado de urânio é proveniente da Rússia, indicou Behlouz Kamalvandi, porta-voz da OIEA.

O Irã concluiu em julho de 2015 um pacto relacionado ao seu programa nuclear com os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha), colocando fim a vários anos de crise.

Com este acordo, Teerã aceitava limitar seu programa nuclear, incluindo seus depósitos de urânio pouco enriquecido a 300 quilos, durante um período de dez anos, em contrapartida ao fim de uma parte das sanções internacionais.

Mas o novo presidente americano, Donald Trump, se mostrou contrário ao acordo e seu vice-presidente, Mike Pence, disse que a nova administração está avaliando sua pertinência para tomar uma decisão.

Enquanto isso, os responsáveis iranianos afirmaram em várias ocasiões que pretendem desenvolver sua indústria nuclear, apesar das ameaças de Washington.

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