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Irã e G5+1 se reúnem para concretizar acordo de Genebra

Acordo prevê congelamento de atividades nucleares em troca de uma suspensão de sanções


	Viena: conversações acontecem na sede das ONU na capital austríaca
 (Divulgação)

Viena: conversações acontecem na sede das ONU na capital austríaca (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2013 às 11h08.

Viena, 8 dez (EFE).- Especialistas do Irã e do grupo G5+1, composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha, se reúnem nos próximos dois dias para concretizar os detalhes técnicos do acordo nuclear assinado em Genebra.

Estas conversas, realizadas na sede da ONU em Viena, na Áustria, são necessárias para iniciar o acordo que prevê um congelamento parcial das atividades nucleares do Irã em troca de uma suspensão limitada das sanções internacionais.

Diplomatas ocidentais estimam que o acordo, assinado no dia 24 de novembro, possa entrar em vigor em janeiro, enquanto que o Irã assegura que congelará suas atividades ainda em dezembro ou no começo de janeiro.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também estará envolvida de alguma forma nas conversas, disse neste domingo à Agência Efe uma porta-voz da agência nuclear da ONU.

O órgão deve verificar as medidas estipuladas entre Irã e o G5+1, o que exigirá mais orçamento e pessoal.

Ao contrário das negociações de Genebra, lideradas pelos ministros das Relações Exteriores, a reunião de Viena acontece em nível de técnicos e analistas, por isso não são previstas declarações públicas.

O encontro em Viena ocorre apenas um dia depois da primeira inspeção da AIEA, realizada hoje na instalação de água pesada de Arak, uma medida de transparência pactuada entre Irã e o órgão em outro acordo no dia 11 de novembro.

A comunidade internacional suspeita que por baixo de um suposto programa nuclear civil, o Irã queira deter materiais e conhecimentos para ter acesso a armas nucleares.

A República Islâmica, que sob o novo presidente, Hassan Rohani, mudou seu tom no conflito nuclear, rejeita estas alegações e diz que só tem intenções pacíficas, como a geração de energia elétrica ou a luta contra o câncer. EFE

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