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Irã e EUA vão trocar prisioneiros nesta segunda após acordo de US$ 6 bilhões

O Irã deve libertar cinco cidadãos americanos detidos e os EUA também devem liberar cinco iranianos

TEHRAN, IRAN - OCTOBER 17: Nasser Kanani, the spokesman of the Ministry of Foreign Affairs of Iran, leads a press conference on October 17, 2022 in Tehran, Iran. (Photo Meghdad Medadi ATPImages/Getty Images) (Meghdad Medadi /Getty Images)

TEHRAN, IRAN - OCTOBER 17: Nasser Kanani, the spokesman of the Ministry of Foreign Affairs of Iran, leads a press conference on October 17, 2022 in Tehran, Iran. (Photo Meghdad Medadi ATPImages/Getty Images) (Meghdad Medadi /Getty Images)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 18 de setembro de 2023 às 07h41.

Os Estados Unidos e o Irã vão realizar uma troca de prisioneiros nesta segunda-feira, 18, após Teerã ter acesso US$ 6 bilhões congelados pela Coreia do Sul, aliada americana.

A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores iraniano. “Esperamos ter acesso total aos ativos iranianos hoje”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, em coletiva de imprensa. “A troca de prisioneiros ocorrerá no mesmo dia, e cinco cidadãos iranianos presos na América serão libertados”, concluiu. 

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Segundo o acordo, o Irã deve libertar cinco cidadãos americanos detidos. Além disso, os EUA também devem liberar cinco iranianos. Os países também concordam em liberar o dinheiro que estava bloqueado pela Coreia do Sul devido às sanções dos Estados Unidos.

A quantia será transferida para uma conta no Catar para “compras humanitárias”. Doha concordou em monitorar como o Irã vai gastar os fundos para garantir que ele seja utilizado para compra de bens não sancionados, como alimentos e medicamentos. O acordo foi intermediado pelos estados do Golfo, uma vez que o Irã e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas.

A liberação dos fundos do Irã atraiu críticas. Republicanos que dizem que Biden, um democrata, está pagando um resgate para cidadãos dos EUA. A Casa Branca defende o acordo.

O anúncio ocorre em meio a visita do presidente iraniano Ebrahim Raisi aos EUA para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.

Quem são os prisioneiros?

Os cinco americanos — todos considerados cidadãos iranianos por Teerã, que rejeita a dupla nacionalidade — foram liberados para prisão domiciliar quando o acordo foi fechado, no último mês. Entre eles está Siamak Namazi, um empresário preso em 2015 sob acusações de espionagem, algo negado pelos seus familiares.

Os outros dois são o conservacionista Morad Tahbaz, o empresário Emad Sharqi e outros dois que desejaram permanecer anônimos. Na última semana, a agência de notícias “IRNA” identificou os cinco prisioneiros iranianos. Eles incluem Reza Sarangpur e Kambiz Attar Kashani. Ambos foram acusados de terem violado as sanções dos EUA contra Teerã.

Um terceiro prisioneiro, Kaveh Lotfolah Afrasiabi, foi detido em 2021. Na ocasião, ele estava em casa, perto de Boston, quando foi acusado pelas autoridades americanas de ser um agente do governo iraniano. Dois outros, Mehrdad Moein Ansari e Amin Hasanzadeh, incluídos no acordo, teriam ligações com as forças de segurança iranianas.

Dos cinco iranianos a serem libertados, dois retornarão ao Irã, enquanto outros dois permanecerão nos Estados Unidos, conforme o ministério das relações exteriores iraniano. Um quinto prisioneiro iraniano viajará para um terceiro país, acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)

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