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Irã e EUA esperam que outro lado faça acordo sobre testes

Apesar do aceno positivo do novo presidente iraniano, analistas dizem que janela pode fechar enquanto cada lado esperar um primeiro passo do outro

Novo presidente do Irã: Hassan Rouhani acenou positivamente para conversas sobre a questão nuclear iraniana (IRNA/Reuters)

Novo presidente do Irã: Hassan Rouhani acenou positivamente para conversas sobre a questão nuclear iraniana (IRNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 16h43.

Dubai - A Presidência do clérigo moderado Hassan Rouhani abriu uma janela de oportunidade na delicada diplomacia nuclear do Irã com o Ocidente, mas analistas de Teerã dizem que essa janela pode fechar enquanto cada lado espera que o outro dê o primeiro passo.

O otimismo cauteloso com relação às negociações entre o Irã e as seis potências mundiais que devem recomeçar em setembro é um forte contraste com o pessimismo com as negociações que começavam e paravam durante os oito anos do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Naquela época, sanções cada vez mais rigorosas da ONU, dos EUA e da União Europeia sobre o setor energético, financeiro e de exportação do Irã ajudaram a enfraquecer sua moeda, contribuindo com um forte aumento da inflação e diminuindo pela metade suas exportações de petróleo em 2011.

Enquanto isso, a República Islâmica continuou enriquecendo urânio, aproximando-se da "linha vermelha" traçada por Israel, que ameaça lançar ataques militares contra instalações iranianas.

A liderança de Rouhani, que derrotou rivais mais conservadores em uma eleição em 14 de junho com pouco mais de 50 por cento dos votos, parece oferecer a esperança de uma alternativa ao pior cenário.

"Estamos preparados, de forma séria e sem perder tempo, para iniciar negociações sérias e substantivas com o outro lado", disse Rouhani em sua primeira coletiva como presidente na terça-feira, respondendo a uma pergunta se não descartava conversas diretas com os Estados Unidos.

Os EUA, que disseram que seriam um "parceiro disposto" se o Irã se mostrasse sério sobre resolver o problema de forma pacífica, fui cuidadoso na sua resposta.

"Existem medidas que eles precisam tomar para cumprir suas obrigações internacionais e encontrar uma solução pacífica para essa questão, e a bola está no campo deles", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

O fato de que Rouhani vem sendo capaz de se aproximar de Washington, mesmo de modo limitado, indica que ele pelo menos tem o apoio tácito do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, a figura mais poderosa na estrutura de poder complexa e muitas vezes opaca do Irã.

Khamenei expressou publicamente ceticismo com a prontidão do Ocidente em se comprometer, mas por enquanto parece estar dando espaço a Rouhani para que ele faça um acordo. Se houver uma falta de progresso, isso poderia mudar facilmente.

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