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Irã e Estados Unidos negociam enriquecimento de urânio em meio ao conflito com Israel, diz agência

Enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, negocia por telefone com o ministro das relações exteriores do Irã, Abbas Araqchi

Outras nações, como Grã-Bretanha, França e Alemanha, também entraram na negociação recentemente (Mohammed Huwais/AFP)

Outras nações, como Grã-Bretanha, França e Alemanha, também entraram na negociação recentemente (Mohammed Huwais/AFP)

Publicado em 19 de junho de 2025 às 13h27.

O ministro das relações exteriores do Irã, Abbas Araqchi, e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, vem conversando por telefone por diversas vezes desde o início do conflito entre a nação persa e Israel, na última semana.

O objetivo das conversas é tentar encontrar uma solução diplomática para a crise instaurada entre as nações, que já contam com centenas de mortes e ataques à centrais energéticas e hospitais. A informação é da Reuters.

Segundo fontes, o ministro iraniano afirmou que não voltaria a negociar a menos que Israel interrompa os ataques, que tiveram início no dia 13 de junho. Entre os tópicos debatidos pelos líderes está uma proposta americana para criar um consórcio regional que poderia enriquecer o urânio fora do Irã. Até o momento, o Teerã rejeitou essas propostas.

Um diplomata afirmou à agência que Araqchi afirmou a Witkoff que o Irã poderia apresentar mais “flexibilidade na questão nuclear” caso Washington pressione Israel para encerrar o conflito. “Ele afirmou estar pronto para negociar, desde que Israel interrompa seus bombardeios”, afirmou.

Desde abril, os diplomatas já se encontraram ao menos cinco vezes para rodadas de negociações indiretas.

Entenda o conflito

Para Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, o Irã deve acabar com o enriquecimento de urânio em seu território, enquanto o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, não considera isso como uma possibilidade, afirmando que o enriquecimento é “inegociável”.

Trump afirmou por diversas vezes a incerteza sobre a união das forças americanas ao exército de Israel, que, de acordo com ele, quer destruir o programa nuclear e as capacidades balísticas do Irã. No entanto, ao afirmar que autoridades iranianas querem se reunir em Washington, Trump abriu uma janela de esperança em meio à crise.

Outras nações, como Grã-Bretanha, França e Alemanha, signatárias de um acordo nuclear firmado em 2015, se reuniram com Araqchi recentemente.

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