EUA-Irã: "Nenhum de seus ataques teve êxito, embora façam grandes esforços neste sentido", afirmou o ministro iraniano (Iranian Presidency / Handout/Anadolu Agency/Getty Images)
AFP
Publicado em 24 de junho de 2019 às 09h29.
O governo iraniano afirmou nesta segunda-feira que não sofreu nenhum dano após os supostos ciberataques executados, segundo a imprensa americana, contra os sistemas de defesa de Teerã por parte dos Estados Unidos.
"A mídia está perguntando sobre a veracidade dos supostos ciberataques contra o Irã. Tenho que afirmar que estamos lidando há muito tempo com o ciberterrorismo [...] e o unilateralismo dos Estados Unidos", escreveu o ministro iraniano das Telecomunicações,Mohammad Javad Azari Jahromi, no Twitter.
"Nenhum de seus ataques teve êxito, embora façam grandes esforços neste sentido", completou.
"No ano passado, impedimos não um ataque, mas 33 milhões graças a um novo sistema de defesa", afirmou.
O ministro fez as declarações depois que a imprensa americana informou no sábado que Washington iniciara ataques virtuais contra sistemas de lançamento de mísseis e uma rede de espionagem do Irã, depois que Teerã destruiu um drone americano.
O presidente Donald Trump cancelou no último momento bombardeios que havia programado contra o Irã após a destruição de um drone de vigilância em 20 de junho, mas autorizou, de maneira secreta, represálias contra os sistemas de defesa iranianos por meios cibernéticos, informaram Yahoo! News e Washington Post.
O jornal Washington Post afirmou que um dos ciberataques teve como alvo os sistemas que controlam os lançamento de mísseis e de foguetes. Outro, de acordo com o Yahoo! News, apontou contra uma rede de espionagem iraniana responsável por monitorar a passagem de navios pelo Estreito de Ormuz.
O Post indicou que os ciberataques, planejados há várias semanas, foram inicialmente propostos pelos militares americanos em resposta aos ataques contra petroleiros no Estreito de Ormuz ocorridos no dia 13 de junho, dos quais Teerã nega qualquer participação.
Procurada pela AFP, a Secretaria de Defesa dos Estados Unidos se recusou a fazer qualquer comentário.