Mundo

Irã diz que 'grande prova' dos EUA é evitar ataque ao país

Irã considera que "a grande prova" que os EUA devem enfrentar é manter suspensa a possibilidade de uma intervenção militar contra o país, disse porta-voz


	O presidente iraniano, Hassan Rohani: Israel se sente pressionado por ter ficado isolado em suas acusações contra o Irã após políticas do governo de Rohani, disse ministro
 (Brendan McDermid/AFP)

O presidente iraniano, Hassan Rohani: Israel se sente pressionado por ter ficado isolado em suas acusações contra o Irã após políticas do governo de Rohani, disse ministro (Brendan McDermid/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 13h31.

Teerã - O Irã considera que "a grande prova" que o governo dos Estados Unidos devem enfrentar é manter suspensa a possibilidade de uma intervenção militar contra o país diante das tensões criadas por Israel, declarou nesta terça-feira a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Marzie Afjam.

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, a porta-voz ressaltou que Israel se sente pressionado por ter ficado isolado em suas acusações contra o Irã depois que as políticas do governo de Hassan Rohani foram aceitas internacionalmente.

"Hoje, os Estados Unidos estão diante de um grande teste sobre a capacidade de resistência em relação ao uso da força. Quanto maior for essa capacidade, maiores serão as chances de estudar a possibilidade de voltar a interagir com o país rumo a um enfoque construtivo", disse Marzie.

As palavras de Afjam se referiram à reunião realizada ontem em Washington quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mantivesse as sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear.

"As palavras conciliadoras do Irã devem estar seguidas de ações reais", manifestou ontem Netanyahu, que considera que o país tem como objetivo a "destruição" de Israel.

Segundo explicou Afjam, "a grande prova da Administração Obama é sua capacidade de resistência perante esse tipo de propaganda", ponto de partida para uma interação entre Teerã e Washington.

No dia 27 de setembro, Obama e Rohani tiveram uma conversa histórica - a primeira entre os máximos líderes de ambos os países desde 1979 - sobre o programa nuclear iraniano, o que trouxe expectativas sobre um possível acordo global a respeito.

Marzie manifestou hoje que o Irã espera ver "uma política realista" e receber tratamento de respeito por parte dos Estados Unidos.

Sobre as próximas negociações do Irã com o 5+1, a porta-voz garantiu que o único tema do diálogo será o assunto nuclear, e que entre Irã e Estados Unidos não haverá nenhum tema bilateral.

Marzie esclareceu que o ponto final das negociações nucleares é "o direito nuclear do povo do Irã, que inclui o enriquecimento", e por isso não é negociável e deve ser aceito.

Parte da comunidade internacional, sob a lideranla de Israel, não acreditam que as aspirações nucleares do Irã têm fins exclusivamente pacíficos - como sustentam seus líderes.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstados Unidos (EUA)Hassan RohaniIrã - PaísIsraelPaíses ricos

Mais de Mundo

Trudeau afirma que Canadá responderá "com força" às ​​tarifas de Trump

Por que sistema anticolisão não evitou choque entre avião e helicóptero nos EUA? Entenda

Presidente do México diz que tem 'mesa de diálogo' com EUA ante ameaça de tarifas

Trump diz que helicóptero que bateu em avião estava voando 'muito acima' da rota prevista