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Irã diz que defenderá direito de usar energia nuclear

Ministro de Relações Exteriores do Irã afirmou ao ex-primeiro-ministro do Japão Yukio Hatoyama que dará continuidade ao programa nuclear, apesar das restrições

Irã (Wikimedia Commons)

Irã (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2012 às 15h14.

Teerã - O ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, disse, neste sábado, ao ex-primeiro-ministro do Japão Yukio Hatoyama que dará continuidade ao programa nuclear, apesar das "restrições", e espera que as próximas conversas com as potências mundiais conduzam à "construção de confiança", segundo a agência oficial de notícias Irna.

Irã está "dando continuidade ao seu direito de uso pacífico da energia nuclear e não irá ignorar este direito", afirmou Salehi para o político japonês, que iniciou sua viagem neste sábado. O programa nuclear do Irã é pacífico, disse Salehi, acrescentado que "por mais de três décadas, com objetivo de preservar sua independência política, o Irã tem resistido aos problemas e às restrições e continuará nesta trajetória".

Ele manifestou esperança de que as conversas com representantes mundiais sejam uma oportunidade para o Ocidente se mover em direção à construção de confiança.

Esta foi uma referência à esperada retomada das conversas entre Teerã e cinco das potências mundiais sobre o programa nuclear do Irã, que estão planejadas para a próxima semana, apesar da disputa sobre a localização da reunião, se em Istambul ou Bagdá.

A mídia iraniana cita Hatoyama avaliando a próxima rodada de negociações como "importante" e dizendo esperar "que, por meio de conversas e negociações, a questão nuclear do Irã seja resolvida". "O Japão acredita que nenhuma nação no mundo deveria possuir arma de destruição em massa, incluindo as nucleares, e que o uso pacífico de energia nuclear é um direito de todos os países", disse, segundo a mídia iraniana.

A agência oficial de notícias Irna citou, na sexta-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, dizendo que, na visita de dois dias, Hatoyama deve se encontrar com o presidente Mahmoud Ahmadinejad, com o negociador nuclear, Saeed Jalili, e outros oficiais do alto escalão.

No Japão, membros do governo manifestaram preocupação sobre a visita do ex-primeiro-ministro do ponto de vista de consistência em relação aos esforços do governo para coordenação internacional, de acordo com a mídia japonesa. As informações são da Dow Jones.

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