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Irã critica "mudanças de postura" do Grupo 5+1

Em declarações divulgadas pela agência oficial iraniana "Irna", Zarif afirmou que as atitudes tornam as negociações mais difíceis


	O ministro iraniano das Relações Exteriores Javad Zarif: "Infelizmente estamos vendo tanto mudanças de posturas como excessivas exigências"
 (AFP/ KENA BETANCUR)

O ministro iraniano das Relações Exteriores Javad Zarif: "Infelizmente estamos vendo tanto mudanças de posturas como excessivas exigências" (AFP/ KENA BETANCUR)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 09h43.

Teerã - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, criticou nesta sexta-feira as "mudanças de postura" e "as excessivas exigências" do Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, mais Alemanha) para chegar a um acordo sobre o programa nuclear da República Islâmica.

Em declarações divulgadas pela agência oficial iraniana "Irna", Zarif afirmou que as atitudes tornam as negociações mais difíceis, apesar de destacar que elas seguem avançado. A principal crítica são os reiterados pedidos de revisão de pontos já acertados.

"Infelizmente estamos vendo tanto mudanças de posturas como excessivas exigências. Vários países do Grupo 5+1 têm diferentes opiniões. Isso deixa a negociação complicada. Nós queremos um acordo digno", reiterou o diplomata.

Zarif comentou que em toda reunião "aparecem ideias novas sobre a mesa". Destacou que o importante é que todos "se atenham ao já acordado e avancem com base nisso".

Enquanto o lance final das negociações se estende, os delegados dos países ocidentais alertaram ontem que só faltam algumas horas para saber se será possível ou não fechar um histórico pacto que garanta ao mundo que o Irã não produzirá armas nucleares.

"Ainda é possível um acordo. Estamos muito perto. Mas se as importantes e históricas decisões políticas não forem tomadas nas próximas horas, não o teremos", disse a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, em Viena, sede das negociações.

Todas as partes reconhecem que após 22 meses de diálogo as posições estão mais próximas do que nunca, mas que ainda faltam obstáculos a serem superados.

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