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Irã critica acusações de Israel envolvendo programa nuclear

O Irã rejeitou as acusações do premiê israelense, que advertiu que o Irã pode ser uma ameaça pior do que o Estado Islâmico se tiver armas nucleares


	Reator nuclear no Irã: Israel se considera um alvo caso o Irã obtenha armas atômicas
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Reator nuclear no Irã: Israel se considera um alvo caso o Irã obtenha armas atômicas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 14h46.

Teerã - O Irã rejeitou nesta terça-feira as "acusações infundadas" do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que advertiu que, se o Irã tiver armas atômicas, isso será uma "ameça pior" do que o Estado Islâmico (EI).

Vencer o EI e deixar que o Irã tenha a capacidade de obter a bomba atômica "seria como ganhar uma batalha e perder a guerra", afirmou Netanyahu na segunda-feira em discurso na Assembleia-Geral da ONU. "Seria a pior ameaça para todos nós", acrescentou.

Ele também considerou que o EI e o movimento palestino Hamas, apoiado pelo Irã e que controla a Faixa de Gaza, eram "galhos de uma mesma árvore envenenada".

"As declarações do primeiro-ministro do regime israelense contém acusações infundadas contra (o Irã) e seu principal objetivo é justificar os crimes que este regime cometeu recentemente contra civis palestinos", declarou o vice-embaixador do Irã na ONU, Khodadad, citado pela agência Fars.

A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em julho e agosto, matou mais de 2.100 palestinos, em sua grande maioria civis, enquanto 70 israelenses morreram, incluindo 66 soldados.

O Irã, que não reconhece a existência de Israel, forneceu aos combatentes palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica a tecnologia necessária para a produção de mísseis utilizados para atingir cidades israelenses a partir do enclave palestino.

Seifi também considerou que essas declarações fazem parte da campanha israelense para sabotar as negociações nucleares entre o Irã e as grandes potências, de acordo com a Fars.

As últimas negociações entre o Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) foram concluídas em Nova York sem muitos progressos.

Os negociadores concordaram em tentar chegar a um acordo que garanta a natureza pacífica do programa nuclear do Irã em troca de um levantamento das sanções internacionais contra Teerã até 24 de novembro.

As grandes potências e Israel suspeitam que Teerã tenta desenvolver armas atômicas sob a cobertura de seu programa de enriquecimento de urânio, o que o Irã sempre alegou ser para fins civis.

Israel se considera um possível alvo, caso o Irã obtenha armas atômicas.

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