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Irã anuncia que levará à ONU caso de drone americano abatido

"Mostraremos que os Estados Unidos estão mentindo", tuitou o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif

Drone norte-americano: derrubada intensificou tensão entre os países (Air Force/Bobbi Zapka/Handout/Files/Reuters)

Drone norte-americano: derrubada intensificou tensão entre os países (Air Force/Bobbi Zapka/Handout/Files/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de junho de 2019 às 15h05.

O Irã anunciou nesta quinta-feira (20), que irá à ONU para mostrar que o drone americano que derrubou havia entrado em seu espaço aéreo, ao contrário do que afirma Washington.

"Levaremos esta nova agressão à ONU e mostraremos que os Estados Unidos estão mentindo", tuitou o chanceler Mohammad Javad Zarif, depois que um general americano disse que o drone foi derrubado a 34 quilômetros da costa iraniana.

"Os Estados Unidos impõem seu #TerrorismoEconômico ao Irã, levaram adiante ações clandestinas contra nós e, agora, avançam sobre nosso território", criticou Zarif. "Não buscamos a guerra, mas defenderemos com zelo nossos céus, terras e águas."

O tenente-general americano Joseph Guastella, que comanda as forças aéreas americanas naquela região, afirmou hoje que o drone foi atingido por um míssil iraniano sobre o Estreito de Ormuz.

"O ataque irresponsável aconteceu perto dos corredores aéreos estabelecidos entre Dubai, Emirados Árabes e Omã, possivelmente colocando em perigo civis inocentes. O drone Global Hawk não violou o espaço aéreo iraniano em nenhum momento durante sua missão", garantiu Guastella, em declaração à imprensa via teleconferência a partir da base aérea de Al-Udeid, no Catar.

O general indicou que o míssil foi disparado de uma posição próxima à cidade iraniana de Garuk. "A informação iraniana de que o drone foi derrubado sobre aquele país é categoricamente incorreta", afirmou, assinalando que o aparelho caiu em águas internacionais.

"Este ataque é uma tentativa de evitar que vigiemos a área depois das recentes ameaças ao transporte marítimo internacional e ao livre comércio", denunciou Guastella.

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