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Irã anuncia aumento de capacidade para enriquecer urânio

Apesar das sanções e pressões internacionais, país aumentou em mais de 10% o número de centrífugas de enriquecimento de urânio

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad: seu país aumentou em mais de 10% o número de centrífugas de enriquecimento de urânio (Atta Kenare/AFP)

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad: seu país aumentou em mais de 10% o número de centrífugas de enriquecimento de urânio (Atta Kenare/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 11h18.

Teerã - O Irã aumentou em mais de 10% o número de centrífugas de enriquecimento de urânio, apesar das sanções e das pressões internacionais, indicou o presidente do país, Mahmud Ahmadinejad, citado pela imprensa local nesta quarta-feira.

"Atualmente há 11.000 centrífugas em atividade nas instalações de enriquecimento" de Natanz e Fordo, disse o presidente em uma reunião de funcionários de alto escalão do país com o guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Segundo o último relatório da AIEA, a agência de energia atômica das Nações Unidas, publicado no fim de maio, o Irã tem pouco mais de 10 mil centrífugas, 9.330 delas em Natanz (8.818 em atividade) e 696 em Fordo.

Ahmadinejad não informou quantas centrífugas novas foram instaladas em Natanz e quantas em Fordo, uma nova instalação de enriquecimento construída no interior de uma montanha e, portanto, muito mais difícil de destruir em caso de bombardeios.

As instalações de Fordo enriquecem urânio a 19,75%, enquanto Natanz enriquece principalmente a 3,5%, mas também, em alguns casos, a 19,75%.

Nas negociações iniciadas em abril após 15 meses de interrupção, os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) pediram ao Irã o fechamento de Fordo e o fim do enriquecimento de urânio a 20%.

Segundo este grupo de países, o Irã está se aproximando do enriquecimento a 90%, necessário para utilizar a energia atômica com fins militares.

O Irã nega-se firmemente a ceder, afirma que seu programa nuclear é pacífico e descarta as críticas dos países ocidentais, que temem que o governo iraniano esteja desenvolvendo uma bomba atômica sob o pretexto de um programa nuclear civil.

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