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Irã ameaça classificar EUA como "terrorista" em resposta a medida

Ação será tomada se os EUA decidirem incluir a corporação iraquiana em sua lista de grupos terroristas

Donald Trump: espera-se que o presidente americano anuncie a decisão esta semana (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: espera-se que o presidente americano anuncie a decisão esta semana (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 10h01.

Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 10h06.

Teerã - O governo do Irã garantiu nesta terça-feira que tratará os Estados Unidos como "um país terrorista" se este decidir incluir a corporação dos Guardiões da Revolução do Irã em sua lista de grupos terroristas.

"É um órgão oficial e revolucionário da República Islâmica do Irã que tem suas raízes nos valores islâmicos", defendeu em uma coletiva de imprensa o porta-voz governamental, Mohamad Baqer Nobajt.

O porta-voz enfatizou que o governo iraniano apoia os Guardiões da Revolução, aos quais descreveu como "uma força poderosa e defensiva" do país, segundo declarações difundidas pela agência oficial "IRNA".

Espera-se que o presidente americano Donald Trump anuncie esta semana se vai classificar os Guardiões como uma organização terrorista, e se certifica ou não o cumprimento por parte do Irã do acordo nuclear.

Ali Akbar Velayati, assessor do líder supremo iraniano Ali Khamenei e ex-ministro de Relações Exteriores, afirmou que seu país responderá "reciprocamente e com força" às decisões de Trump, pois "todas as opções estão sobre a mesa".

"Os americanos, que são os principais aliados do 'Daesh' (acrônimo em árabe para Estado Islâmico), não estão felizes com os 'Sepah' (Guardiões da Revolução)", cuja função de assessoria aos governos da Síria e do Iraque impediu que os jihadistas dominassem esses países, segundo Velayati.

Para o responsável iraniano, os Guardiões são "representantes do povo do Irã na frente de resistência contra os expansionismos americano e sionista (Israel), e de seus aliados na região".

Há dois dias, o comandante desta força de elite, o general Mohamad Ali Jafari, advertiu aos Estados Unidos que suas bases e tropas presentes no Oriente Médio estarão em perigo se Washington decidir impor novas sanções contra o Irã.

Jafari também reiterou que, se os EUA finalmente incluírem os Guardiões em sua lista de grupos terroristas, esta força "tratará o exército americano em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio, como o 'Daesh'".

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