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Irã afirma ter identificado porta-aviões americano em área de manobras navais

País cogita a possibilidade de fechar o estreito, caso as potências ocidentais adotem novas sanções para impedir suas exportações de petróleo

Industria petroleira no Irã: 40% do tráfego marítimo de petóleo muncial circula pelo Estreito de Ormuz (Getty Images)

Industria petroleira no Irã: 40% do tráfego marítimo de petóleo muncial circula pelo Estreito de Ormuz (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2011 às 07h00.

São Paulo - Um avião iraniano "identificou" um porta-aviões americano na área de manobras navais organizada pela Marinha do Irã na região particularmente sensível do Estreito de Ormuz, anunciaram autoridades militares.

"Um avião de vigilância iraniano identificou um porta-aviões americano na zona de manobras em que estão mobilizados navios iranianos, fez fotos e filmou", declarou o almirante Mahmud Musavi.

"Isto demonstra que a Marinha iraniana observa e vigia todos os movimentos das forças (...) na região", completou.

A V Frota americana tem como porto base o Bahrein, o que permite a Washington ter uma importante presença naval no Golfo Pérsico e em Omã.

O Irã, que iniciou no sábado um exercício naval de 10 dias na região do Estreito de Ormuz, no mar de Omã e no Oceano Índico, cogita a possibilidade de fechar o estreito, caso as potências ocidentais adotem novas sanções para impedir suas exportações de petróleo.

"Fechar o estreito é muito fácil para as Forças Armadas iranianas. É como beber um copo de água, como se diz em persa", declarou na quarta-feira o comandante da Marinha do país, almirante Habibollah Sayyari.

"Atualmente não precisamos fechar o estreito porque controlamos o mar do Omã e podemos controlar o tráfego marítimo e petrolífero", completou.

O estreito, pode onde circula 40% do tráfego marítimo de petróleo mundial, é particularmente vulnerável pela pequena distância entre as duas costas, 50 km, e por sua profundidade, que não supera 60 metros.

O governo dos Estados Unidos advertiu o Irã contra uma tentativa de interferir na navegação do Estreito de Ormuz, o que segundo Washington não seria tolerado.

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