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Irã afirma que negocia com potências, não com Congresso

Irã e o grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia e Alemanha) anunciaram em 2 de abril na Suíça um acordo preliminar sobre o programa nuclear iraniano

Presidente Hassan Rohani durante comício: "Não negociamos com o Senado americano, não negociamos com a Câmara de Representantes, negociamos com um grupo chamado 5+1" (HO/AFP)

Presidente Hassan Rohani durante comício: "Não negociamos com o Senado americano, não negociamos com a Câmara de Representantes, negociamos com um grupo chamado 5+1" (HO/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 11h49.

Teerã - O presidente iraniano Hassan Rohani minimizou nesta quarta-feira a ameaça de uma ação do Congresso americano contra um acordo nuclear com as grandes potências, ao destacar que o Irã não negocia com o Congresso, mas com "um grupo chamado 5+1".

"Não negociamos com o Senado americano, não negociamos com a Câmara de Representantes, negociamos com um grupo chamado 5+1", afirmou o presidente iraniano em um discurso exibido na televisão estatal.

O Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade na terça-feira um projeto de lei que dá ao Congresso o direito de bloquear um eventual acordo final sobre o programa nuclear iraniano, confirmando o papel do Poder Legislativo nas negociações internacionais.

O Irã e o grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia e Alemanha) anunciaram em 2 de abril na Suíça um acordo preliminar sobre o programa nuclear iraniano, que deve ser detalhado e concluído até o fim de junho.

O projeto de lei americano, que recebeu o nome Corker-Menendez, não se pronuncia sobre o teor do acordo preliminar. Mas o texto pretende impor um período de espera ao presidente americano Barack Obama entre a assinatura do acordo final e a suspensão das sanções americanas aprovadas nos últimos anos pelo Congresso.

O Irã deseja a suspensão das sanções econômicas no mesmo dia de entrada em vigor do acordo definitivo.

"O que afirma o Senado americano, o que deseja a Câmara de Representantes, o que buscam os radicais nos Estados Unidos, o que os mercenários americanos dizem na região, é algo que não afeta nossa nação nem nosso governo", disse o presidente do Irã.

Rohani pediu às grandes potências que aceitem um acordo "digno", que "respeite a nação iraniana" e assegurou que Teerã é "flexível" nas negociações.

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