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Irã afirma que Lula desconhece o caso de condenada a apedrejamento

Teerã - O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou nesta terça-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu asilo político a Sakineh Mohammadi, acusada a adultério e condenada ao apedrejamento, pois "desconhece seu caso". O porta-voz da diplomacia iraniana fez esta declaração durante sua habitual entrevista coletiva semanal […]

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2010 às 08h38.

Teerã - O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou nesta terça-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu asilo político a Sakineh Mohammadi, acusada a adultério e condenada ao apedrejamento, pois "desconhece seu caso".

O porta-voz da diplomacia iraniana fez esta declaração durante sua habitual entrevista coletiva semanal realizada na sede ministerial no sul de Teerã.

"Pelo conhecimento que tenho do senhor Lula da Silva, sei que é uma pessoa humana e carinhosa, mas possivelmente não recebeu informações suficientes sobre o caso (de Sakineh Mohammadi)", disse Mehmanparast.

O alto funcionário do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã respondeu desta forma a uma pergunta sobre a postura do Irã respeito das recentes declarações de Lula sobre a disposição brasileira de dar asilo político a Sakineh Mohammadi.

"O que podemos fazer é colocar Lula a par do caso", afirmou Mehmanparast ao acrescentar que "o delito de Mohammadi é óbvio, baseado em documentos".

Sakineh Mohammadi Ashtiani, natural do Azerbaijão, de 43 anos e mãe de dois filhos, é acusada de adultério por um tribunal iraniano, acusação rejeitada por ela e por sua família.

Um tribunal iraniano condenou Sakineh em 2007 a ser apedrejada, mas a sentença ainda não foi aplicada devido às pressões internacionais.

As autoridades judiciais do Governo de Teerã, que também acusam Sakaneh pelo assassinato de seu marido, anunciaram em julho que a sentença não será aplicada por enquanto, mas acrescentaram que segue em vigor.

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