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Investigadores temem que assassino de Toulouse volte a agir

Além da mesma arma ter sido usada nos três homicídios, o autor fugiu em uma moto do mesmo modelo e matou as sete pessoas com disparos à queima-roupa na cabeça

Orações foram feitas após o massacre na escola judia Ozar Hathora Jewish (Franck Prevel/Getty Images)

Orações foram feitas após o massacre na escola judia Ozar Hathora Jewish (Franck Prevel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 21h03.

Paris - O promotor-chefe de Paris, François Molins, alertou nesta terça-feira sobre uma potencial nova ação do assassino de Toulouse, suspeito de sete homicídios, entre eles o de três crianças e um adulto numa escola judaica nesta segunda-feira.

'Estamos diante de um indivíduo extremamente determinado, com muito sangue frio e com alvos extremamente definidos', afirmou o promotor, que lembrou que a média de assassinatos dele até agora é uma a cada quatro dias.

O responsável da investigação detalhou o modus operandi do suspeito: além de a mesma arma ter sido usada nos três homicídios, o autor dos crimes sempre fugiu em uma moto do mesmo modelo e matou as sete pessoas com disparos à queima-roupa na cabeça.

Molins disse que, por enquanto, os investigadores não descartaram nenhuma pista, nem sequer a dos três ex-militares expulsos do Exército por comportamentos neonazistas em 2008.

Essa hipótese foi aberta, já que os dois paraquedistas de origem norte-africana assassinados em Montauban, perto de Toulouse, no último dia 15, pertenciam ao mesmo regimento que os militares expulsos após terem sido fotografados diante de uma suástica fazendo a saudação nazista.

O promotor afirmou que a verificação dessa pista 'está em curso', apesar de fontes policiais citadas pela imprensa francesa ter indicado pouco antes que já tinha sido abandonada.

Ele disse que, por enquanto, não houve prisões nesta investigação por assassinato, tentativa de assassinato e terrorismo, mas destacou que já foram feitas 'centenas de interrogatórios'.

'Enquanto estivermos à frente da investigação, todas as pistas serão aprofundadas, nenhuma será descartada até que o autor seja detido', indicou Molins. 

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