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Investigadores da ONU querem acesso ilimitado a Mianmar

Segundo o presidente da missão, é importante que eles vejam "com os próprios olhos" os locais e as pessoas contra as quais ocorreram supostas violações

Rohingyas: Mianmar criticou a criação da missão da ONU, que chamou de "inaceitável" (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

Rohingyas: Mianmar criticou a criação da missão da ONU, que chamou de "inaceitável" (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 11h55.

Os investigadores da ONU sobre a situação dos direitos humanos em Mianmar reiteraram nesta terça-feira a demanda de um "acesso completo e sem obstáculos" àquele país, onde, afirmaram, acontece uma grave crise humanitária.

"É importante que possamos ver com nossos próprios olhos os lugares onde aconteceram as supostas violações e conversar com as pessoas afetadas e as autoridades", declarou o presidente da missão, Marzuki Darusman, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

"Aproveito esta oportunidade para reiterar nosso pedido de cooperação dirigido ao governo de Mianmar, sobretudo com acesso ao país", disse, antes de especificar que o acesso deve ser "completo e sem obstáculos".

A missão de investigação da ONU foi aprovada em março por meio de uma resolução, por consenso, do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Alguns países, como Índia e China, afirmaram no entanto que não estavam associados à resolução.

Mianmar criticou a criação da missão da ONU, que chamou de "inaceitável", enquanto o embaixador birmanês no Conselho, Htin Lynn, reiterou que a missão "não era útil para resolver o problema do estado de Rakhine".

Quase 410.000 membros da minoria muçulmana rohingyas se refugiaram em Bangladesh depois que fugiram do estado de Rakhine, onde o exército realiza uma operação em resposta aos ataques executados, em 25 de agosto, por rebeldes rohingyas contra várias delegacias da região.

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