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Investigador de caso do premiê do Paquistão aparece morto

Kamran Faisal investigava o caso de corrupção em que está envolvido Rajá Pervez Ashraf


	Raja Pervez Ashraf: o fato complica o já confuso caso que a Corte Suprema do país reabriu de forma inesperada na terça-feira passada contra o primeiro-ministro 
 (Farooq Naeem/AFP)

Raja Pervez Ashraf: o fato complica o já confuso caso que a Corte Suprema do país reabriu de forma inesperada na terça-feira passada contra o primeiro-ministro  (Farooq Naeem/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 09h33.

Islamabad - A polícia paquistanesa encontrou nesta quinta-feira o corpo de um alto funcionário do Escritório Nacional de Contas que investigava o caso de corrupção em que está envolvido o primeiro-ministro, Rajá Pervez Ashraf, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

O corpo de Kamran Faisal foi achado pela manhã, informou um membro da administração local, que não detalhou se os indícios apontam para uma morte natural, embora fontes policiais citadas pela imprensa local considerem a possibilidade de suicídio.

O chefe de polícia de Islamabad, Fias Ali, declarou ao canal local "Geo" que o corpo estava pendurado em um ventilador do quarto.

O cadáver apareceu em um apartamento que Faisal, diretor assistente do órgão, ocupava nas dependências que muitos funcionários têm em uma área próxima ao Parlamento e outras sedes oficiais, acrescentou Ali.

O fato complica o já confuso caso que a Corte Suprema do país reabriu de forma inesperada na terça-feira passada contra o primeiro-ministro e outras 15 pessoas pelas supostas irregularidades cometidas em um projeto de aluguel de plantas elétricas.

O Supremo ordenou a detenção dos envolvidos e repreendeu com dureza por sua inércia no caso ao Escritório de Contas (NAB, na sigla em inglês), cujos dirigentes se defenderam com o argumento de que não tinham apreciado indícios de delito.

A investigação começou na Corte Suprema há mais de um ano com as denúncias de corrupção e tráfico de influências na concessão de licenças a várias companhias privadas em uma iniciativa que pretendia atenuar a escassez energética do país.

O atual primeiro-ministro foi titular da pasta de Energia entre 2008 e 2011 e por isso está na lista de envolvidos e também na ordem de detenção ditada pelo TS, no entanto não se produziu nenhuma detenção. 

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