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Inundações no sul da Índia causaram mais de 300 mortes em três meses

Quase todos os distritos estão em alerta vermelho e meteorologistas afirmam que as fortes chuvas podem continuar causando danos

Equipes de resgate usam helicópteros e botes para depois transferir os afetados para os acampamentos de socorro (Sivaram V/Reuters)

Equipes de resgate usam helicópteros e botes para depois transferir os afetados para os acampamentos de socorro (Sivaram V/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 14h21.

Nova Délhi - As inundações no estado indiano de Kerala, as piores nos últimos 100 anos, causaram a morte de pelo menos 324 pessoas em três meses e obrigaram dezenas de milhares de pessoas a se transferirem a acampamentos de socorro, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.

"Kerala está enfrentando as piores inundações em 100 anos. Foi necessário abrir 80 barragens, 324 vidas foram perdidas e 223.139 pessoas estão em mais de 1.500 acampamentos", afirmou no Twitter o escritório do chefe de Governo regional, Pinarayi Vijayan, que pediu doações para as vítimas.

As chuvas começaram a devastar o estado, um dos principais destinos turísticos do país, no último dia 29 de maio com o início da temporada de monções que a cada ano bate o sul da Ásia.

O maior número de vítimas foi registrado nos últimos nove dias, nos quais morreram pelo menos 164 pessoas por causa das chuvas, disse à Agência Efe um porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) de Kerala, P.H. Kurian.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou hoje que visitará o estado de Kerala "para fazer um balanço da infeliz situação produto das inundações" e pediu ao Ministério da Defesa que aumente os esforços nas operações de resgate.

Quase todos os distritos estão em "alerta vermelho" e o Departamento Meteorológico advertiu que as fortes chuvas previstas nessas regiões podem continuar causando danos.

As chuvas neste estado, de mais de 30 milhões de habitantes, causaram fortes inundações que colocaram debaixo d'água milhares de infraestruturas, casas e outras propriedades.

As equipes continuam com os trabalhos de resgate em helicópteros e botes, para depois transferir os afetados aos mais de 1.500 acampamentos de socorro.

O aeroporto internacional de Cochín, a capital regional, assim como os serviços de trem e metrô, estão suspensos há vários dias por conta das fortes chuvas.

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