Crianças percorrem as águas da enchente em Chokwe, perto do Limpopo, em Moçambique: as chuvas provocaram a alta do nível dos rios Limpopo e Incomati (Johannes Myburgh/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 12h02.
Johanesburgo - Pelo menos 37.000 pessoas foram evacuadas de suas casas no sul de Moçambique por causa das inundações que afetam o país africano após vários dias de fortes chuvas, informou nesta terça-feira a edição digital do "Jornal de Notícias".
As chuvas registradas nos últimos dias na África do Sul, Suazilândia e Zimbábue (na fronteira com Moçambique) provocaram a alta do nível dos rios Limpopo e Incomati, por isso as autoridades declararam estado de alerta.
Quatro pessoas morreram no domingo passado por causa das inundações, e pelo menos 16 pessoas perderam a vida ao longo de janeiro, segundo a imprensa moçambicana.
Um total de 35 moçambicanos morreram desde outubro passado por causa das inundações, segundo o balanço oficial. O Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique anunciou que nas próximas 24 horas continuará chovendo forte no sul do país.
A oposição do país criticou duramente o governo por celebrar com um "banquete fastuoso" o 70º aniversário do presidente, Armando Guebuza, enquanto milhares de pessoas sofriam os efeitos das inundações.
Os líderes dos partidos Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) classificaram a atitude das autoridades de insensível e desumana.
A maior parte das vítimas, entre elas várias crianças, morreram afogadas, soterradas em suas casas, eletrocutadas ou vítimas de ataques de crocodilos, informou a ministra de Administração, Carmelita Namachulua.