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Interpol pede detenção de oligarca russo adversário de Putin

A organização solicitou a detenção do bilionário russo Serguei Pugachev, acusado de fraude pela justiça russa e refugiado no exterior

O bilionário russo e ex-financista do Kremlin Serguei Pugachev, procurado pela Interpol (Divulgação/Interpol)

O bilionário russo e ex-financista do Kremlin Serguei Pugachev, procurado pela Interpol (Divulgação/Interpol)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 12h14.

Moscou - A Interpol solicitou nesta quinta-feira a detenção do bilionário russo e ex-financista do Kremlin Serguei Pugachev, acusado de fraude pela justiça russa e refugiado no exterior, de onde critica o presidente Vladimir Putin.

A organização policial internacional, que divulgou no site uma foto em preto e branco do oligarca, recorda que o bilionário de 51 anos "é procurado pelas autoridades russas e deve cumprir pena de prisão.

A Rússia, que já conseguiu que a Interpol congelasse os bens do magnata no exterior, o acusa de desvio de verbas e fraude em grande escala, um crime que pode ser punido com penad e 10 anos de prisão no país.

"Pugachev não está feliz com a decisão e a considera ilegal. Não vai se entregar à Interpol", declarou à AFP o advogado, Alexander Gofshtein.

"Nós utilizaremos os mecanismos da lei russa que nos permitem combater a decisão da Interpol", completou, antes de afirmar que a demanda das autoridades russas não é legal.

Serguei Pugachev, ex-senador pela região de Tuva (sul da Síberia) e empresário bilionário, caiu em desgraça em poucos anos. Depois de ser considerado o "banqueiro do Kremlin", ele vive atualmente no exterior, talvez na Grã-Bretanha.

Nos anos 1990, ele administrou as contas da família do ex-presidente Boris Yeltsin, até sua renúncia em 31 de dezembro de 1999, segundo a imprensa russa, que depois atribuiu ao empresário o papel de eminência parda no início do governo de Vladimir Putin.

Mas a falência em 2010 do banco de Pugachev, Mejprombank, o 30º maior estabelecimento financeiro da Rússia, provocou o início de sua decadência.

Ante as suspeitas de transações duvidosas que permitiram aos proprietários a retirada de ativos do país, Pugachev decidiu abandonar a Rússia, ao denunciar um "ataque" do Estado por supostas divergências com Putin.

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