Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA (Stefani Reynolds/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 9 de janeiro de 2024 às 17h16.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos Estados Unidos, foi internado de forma secreta em 1º de janeiro. Sua hospitalização foi escondida de outras autoridades do país, inclusive do presidente Joe Biden, que só soube da situação dias depois.
Nesta terça, 9, os médicos revelaram que Austin, de 70 anos, passou por uma cirurgia para tratar um câncer de próstata e que precisou ser internado depois do procedimento, por conta de uma infecção urinária surgida durante a recuperação.
Austin segue internado no centro médico militar Walter Reed, nos arredores de Washington. Segundo os médicos, ele teve o câncer descoberto durante exames de rotina no começo de dezembro. Ele passou por uma cirurgia em 22 de dezembro e foi para casa no dia seguinte.
No entanto, em 1º de janeiro, ele teve náuseas e fortes dores no abdômen, quadril e pernas e voltou ao hospital, onde está internado desde então. Os médicos dizem que o câncer foi detectado em estágio inicial e que o prognóstico de cura é excelente.
Segundo o Pentágono, Austin tem trabalhado do hospital desde sexta-feira, dia 5, como analisar informações e tomar decisões. Parte de suas funções foram transferidas a subalternos.
A demora em informar a Casa Branca, o Congresso e o público sobre a hospitalização gerou uma crise interna e críticas de aliados.
De acordo com o New York Times, o presidente Joe Biden só foi informado de que seu secretário de Defesa estava internado na quinta-feira, dia 4. No período, subalternos de Austin ficaram responsáveis por suas funções, mas a Casa Branca não sabia que o secretário estava com problemas de saúde.
Segundo a agência AP, Jeff Zients, chefe de gabinete de Biden, emitiu um memorando para determinar que as secretarias e agências do governo notifiquem a Casa Branca quando os chefes de cada área não possam desempenhar suas funções, por estarem hospitalizados ou sem acesso a comunicações, e precisem transferir responsabilidades a subalternos.
O Pentágono anunciou que fará uma revisão de procedimentos internos para garantir que o presidente, o Congresso e o público sejam notificados de forma adequada em futuras situações do tipo.