Membros do Exército de Libertação da Síria em Samada,na província de Idleb: insurgentes mantêm o heliporto de Taftanaz cercado (Shaam News Network/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 18h39.
Cairo - Os rebeldes sírios abateram nesta sexta-feira um helicóptero das forças do regime de Damasco quando decolava do aeroporto militar de Abu Duhur, na província de Idleb, informou à Agência Efe um porta-voz do Exército Livre Sírio (ELS), Sami Kurdi.
O representante, que está em Idleb, explicou pela internet que os insurgentes abateram a aeronave com suas metralhadoras e destruíram também outros quatro helicópteros que estavam na pista.
Entre a noite de quarta-feira e a quinta-feira, o ELS lançou um ataque contra o aeroporto de Abu Duhur, onde ontem conseguiu derrubar um avião Mig, de fabricação russa, matando seus dois pilotos.
Os enfrentamentos continuaram ao longo do dia de hoje no mesmo aeroporto e no heliporto de Taftanaz, na mesma província.
Kurdi afirmou que atualmente o ELS controla por terra 80% de Idleb e uma parte semelhante das províncias de Alepo e Homs, já que o principal problema que seus combatentes enfrentam são os ataques aéreos, com os quais não podem competir, pela precariedade dos recursos de que dispõem.
"Por isso, há oito dias executamos um plano para atacar aeroportos militares com artilharia e foguetes", assinalou Kurdi, que reclamou que dispõem de pouco armamento pesado.
O porta-voz destacou que começaram a aplicar o plano no norte da Síria porque lá "é mais fácil que chegue munição (para os rebeldes), pela característica montanhosa da região, e porque o ELS controla 70% das passagens fronteiriças".
Kurdi acrescentou que os insurgentes mantêm o heliporto de Taftanaz cercado e que ainda enfrentam os efetivos governamentais.
As informações não puderam ser checadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime de Damasco ao trabalho dos jornalistas.
A violência continuou hoje em várias províncias da Síria, onde, segundo os grupos da oposição, dezenas de pessoas morreram nos bombardeios e nos combates entre o exército e os insurgentes.
Os opositores Comitês de Coordenação Local (CCL) divulgaram que houve 67 mortos, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos apontou que foram 63 e, a Comissão Geral da Revolução Síria, 37.