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Institutos britânicos procuram entender previsões erradas

Resultado eleitoral foi recebido com surpresa, já que por vários meses as pesquisas apontavam que os dois grandes partidos estavam empatados


	Reino Unido: o resultado foi recebido com uma surpresa completa
 (Justin Tallis/AFP)

Reino Unido: o resultado foi recebido com uma surpresa completa (Justin Tallis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 10h35.

Londres - Os eleitores da Grã-Bretanha impuseram um golpe doloroso não apenas no Partido Trabalhista, mas também nos institutos de pesquisa de intenção de voto, que tinham sugerido um resultado muito diferente para a eleição de quinta-feira.

Com os votos apurados em quase todos os 650 departamentos eleitorais, os conservadores estavam prestes a obter maioria no Parlamento, com um total de mais de 326 cadeiras, enquanto a bancada da oposição trabalhista definhava, com quase 100 assentos a menos.

O resultado foi recebido com uma surpresa completa, já que por vários meses os institutos de pesquisa apontavam que os dois grandes partidos estavam empatados e nenhum deles chegaria perto de conquistar uma maioria absoluta.

"Há apenas uma pesquisa de opinião que conta, e essa é o dia da eleição", disse o primeiro-ministro David Cameron depois de ser reeleito pela localidade de Witney.

Alguns pesquisadores admitiram que algo tinha dado muito errado, e eles ainda não entenderam o quê.

"Os resultados eleitorais levantam questões sérias para todos os pesquisadores. Vamos olhar para os nossos métodos e pedir ao conselho britânico de pesquisas que faça uma avaliação", disse o Populus, um dos principais institutos de sondagem de intenção de voto, no Twitter.

Outros, como o Survation e o ComRes, defenderam seu trabalho, salientando que acertaram o aumento da bancada do Partido Nacional Escocês e o colapso dos liberais-democratas.

Andrew Hawkins, presidente da ComRes, disse que a fragmentação do panorama político trouxe aos pesquisadores "dores de cabeça extra", transformando a eleição em uma "colcha de retalhos de disputas regionais" nas quais as tendências nacionais eram menos relevantes.

As pesquisas concordaram em que os conservadores e os trabalhistas estavam empatados ou dentro de uma margem de diferença de 2 pontos um do outro.

Na verdade, os conservadores ganharam cerca de 37 por cento dos votos, enquanto os trabalhistas ficaram com cerca de 31 por cento.

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