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"Insatifeita", China culpa Índia por crise na fronteira

Tropas de ambos os países estão envolvidas em um impasse que já dura oito semanas no planalto de Doklam, à oeste do Himalaia

Soldados da China: país vive uma crise na fronteira com a Índia após incidentes envolvendo soldados (Nelson Ching/Bloomberg/Bloomberg)

Soldados da China: país vive uma crise na fronteira com a Índia após incidentes envolvendo soldados (Nelson Ching/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 10h26.

Pequim - A China atribuiu nesta segunda-feira à Índia a culpa por um incidente ao longo da fronteira no oeste do Himalaia envolvendo soldados dos dois gigantes asiáticos.

As tropas de ambos os lados estão envolvidas em um impasse que já dura oito semanas no planalto de Doklam, situado em outra parte da remota região himalaia próxima de sua fronteira em disputa.

Na semana passada uma fonte de Nova Délhi, informada a respeito da situação militar na divisa, disse que soldados impediram uma tentativa de tropas chinesas de entrarem em território indiano em Ladakh, perto do lago Pangong.

Alguns dos soldados chineses portavam varas de ferro e pedras, e as tropas dos dois lados sofreram ferimentos leves na confrontação, segundo a fonte.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse que na terça-feira passada forças de fronteira chinesas estavam realizando patrulhas "normais" do lado chinês da linha de controle no lago Pangong.

"Durante este tempo eles foram obstruídos por forças de fronteira indianas e o lado indiano adotou ações agressivas, colidindo com efetivos chineses e tendo contato com seus corpos, ferindo os efetivos chineses na fronteira", disse Hua em um boletim diário à imprensa.

A chancelaria indiana confirmou o incidente no lago Pangong, mas não deu detalhes.

A mídia da Índia mostrou supostas imagens do confronto feitas com um celular, e postadas originalmente por um militar aposentado do Exército, nas quais se veem soldados dos dois países atirando pedras e se empurrando.

A tensão permanece acentuada dos dois lados da fronteira antes de uma cúpula dos Brics na cidade chinesa de Xiamen no início de setembro à qual devem comparecer os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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