Mundo

Inglaterra levanta quase todas as restrições sanitárias contra a covid-19

Desde a 0h local, estádios podem voltar a funcionar com capacidade máxima, casas noturnas podem aceitar mais pessoas e pubs podem retomar o serviço de bar

O primeiro-ministro inglês Boris Johnson: às vesperas do "Freedom Day", o primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi obrigado a se isolar e seu ministro da Saúde deu positivo para a covid-19 (Andrew Parsons/nº 10 Downing Street/Divulgação)

O primeiro-ministro inglês Boris Johnson: às vesperas do "Freedom Day", o primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi obrigado a se isolar e seu ministro da Saúde deu positivo para a covid-19 (Andrew Parsons/nº 10 Downing Street/Divulgação)

A

AFP

Publicado em 19 de julho de 2021 às 06h30.

Última atualização em 19 de julho de 2021 às 11h01.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia

A Inglaterra levanta nesta segunda-feira quase todas as restrições ligadas à pandemia, em um dia batizado de "Freedom Day", e apesar do aumento do número de infectados, que preocupa cientistas e políticos.

Desde a 0h local, os estabelecimentos e estádios podem voltar a funcionar com capacidade máxima, as casas noturnas podem aceitar mais pessoas, os pubs podem retomar o serviço de bar, e não há mais limite no número de pessoas que podem se reunir.

O uso da máscara deixa de ser obrigatório, mas é recomendado nos transportes e lojas. O trabalho remoto deixa de ser a norma.

Às vesperas do "Freedom Day", o primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi obrigado a se isolar e seu ministro da Saúde deu positivo para a covid-19.

Johnson e o ministro das Finanças Rishi Sunak "foram contatados pelo serviço público de saúde porque estiveram em contato com alguém que deu positivo para covid", disse neste domingo (18) o escritório do primeiro-ministro britânico.

Os dois se reuniram na semana passada com o ministro da Saúde Sajid Javid, que anunciou no sábado ter dado positivo para o coronavírus.

Um porta-voz de Downing Street informou a princípio que Boris Johnson e Rishi Sunak escapariam de um isolamento completo porque "participam de um programa piloto de testagem diária" que "lhes permite continuar trabalhando em Downing Street".

No entanto, diante da indignação provocada por essa notícia e da denúncia da oposição de que o governo "está acima da lei", Downing Street anunciou duas horas depois que ambos cumprirão seu período de isolamento.

Boris Johnson "continuará realizando reuniões com os ministros à distância", na casa de campo dos chefes de governo britânicos em Chequers, no noroeste de Londres.

O Reino Unido é um dos países da Europa mais afetados pela covid-19, com mais de 128.000 mortes, e os casos aumentam há semanas, superando 54.000 casos diários no sábado.

Apesar desses números, Johnson anunciou o levantamento quase total, a partir de segunda-feira, das restrições que permanecem em vigor na Inglaterra, incluindo a obrigação de usar máscara e o distanciamento social, priorizando a "responsabilidade individual" de cada um.

"Por favor, tenham cuidado e encarem amanhã como o próximo passo (do desconfinamento) com todo o cuidado e respeito em relação aos outros, devido aos riscos que a doença ainda apresenta", pediu o líder conservador em um vídeo publicado no Twitter neste domingo.

O Reino Unido está com a economia duramente prejudicada pelos sucessivos confinamentos, com uma queda de quase 10% do PIB em 2020.

O Estado gastou mais de 400 bilhões de libras (554 bilhões de dólares, 468 bilhões de euros) para amenizar os prejuízos, às custas de um déficit público recorde.

O dia que muitos aguardam impacientemente, apelidado pela imprensa de "Freedom Day" e inicialmente previsto para 21 de junho, mas adiado para avançar a vacinação, será acompanhado de uma mensagem de moderação.

Acompanhe tudo sobre:InglaterraPandemia

Mais de Mundo

Reabertura da Notre-Dame: Macron celebra o resultado da restauração

Projeto de lei sobre suicídio assistido avança no Parlamento do Reino Unido

ONU adverte que o perigo da fome “é real” na Faixa de Gaza

Agência da ONU pede investigação de abusos após cessar-fogo no Líbano