Mundo

Informe da ONU diz que Al Qaeda ainda é forte e EI perde força

Documento aponta que o EI perdeu seu autoproclamado califado na Síria e Iraque no ano passado, mas a Al-Qaeda "mantém uma notável resiliência"

Grupos relacionados com a Al-Qaeda continuam sendo a ameaça terrorista dominante em algumas regiões (AFP/AFP)

Grupos relacionados com a Al-Qaeda continuam sendo a ameaça terrorista dominante em algumas regiões (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 10h36.

A rede global da Al-Qaeda se mantém "notavelmente resistente", sendo uma ameaça maior em algumas regiões do que o grupo Estado Islâmico, segundo um informe de monitores de sanções da ONU visto pela AFP nesta quarta-feira.

"Os grupos relacionados com a Al-Qaeda continuam sendo a ameaça terrorista dominante em algumas regiões, como Somália e Iêmen, um fato demonstrado pelos ataques contínuos e operações frustradas", indica o documento.

Na África Ocidental e no sul da Ásia, os grupos ligados à Al-Qaeda representam uma ameaça tão séria quanto os afins ao EI, que "atualmente não conseguem uma posição dominante", acrescentam os especialistas das Nações Unidas.

Os Estados-membros da ONU veem, no entanto, um potencial de vínculos entre grupos da Al-Qaeda e o EI para se apoiarem um nos outros, advertindo que em algumas regiões isto pode ser uma nova ameaça, segundo o informe.

O EI perdeu seu autoproclamado califado na Síria e Iraque no ano passado, mas a Al-Qaeda "mantém uma notável resiliência", dizem os monitores da ONU.

Na Síria, o Frente Al-Nusra "continua sendo um dos mais fortes grupos afins a Al-Qaeda em nível global", com seus combatentes "usando ameaças, violência e incentivos materiais" para absorver milícias armadas menores.

O Al-Nusrah comanda entre 7.000 e 11.000 combatentes, incluindo milhares de estrangeiros, sendo sua maior base de operações a província síria de Idlib.

Na Líbia, o EI segue tentando reconquistar uma base após a perda de Sirte, e reforçou sua presença com combatentes que retornam do Iraque e Síria, acrescenta o documento.

Combatentes do Boko Haram, que expandiu suas operações a partir do norte da Nigéria, mantêm pequenas células na Líbia que podem depois alcançar outros países da região.

"Estados-membros consideram que existe o potencial de que líderes do EI se trasladem da Líbia a outras zonas de conflito na África ocidental e na região do Sahel, incluindo Mali", segundo os monitores da ONU.

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaEstado IslâmicoONUTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia