Aécio Neves criticou a "omissão" do governo diante da inflação. Dilma respondeu ao discurso reafirmando seus compromissos na presidência (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2011 às 08h27.
São Paulo - As comemorações do 1.º de Maio organizadas em São Paulo por centrais sindicais foram palco do embate entre governo e oposição sobre o retorno da inflação. A pressão inflacionária, que preocupa o governo, foi alvo de resolução política do Diretório Nacional do PT, divulgada anteontem, e também abordada em artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado no jornal O Estado de S. Paulo ontem, em que o tucano acusa o governo petista de agir com "tibieza no controle da inflação, que pode cortar as aspirações de consumo das classes emergentes".
Presente no evento organizado pela Força Sindical e outras quatro centrais (UGT, CGTB, Nova Central e CTB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) - potencial candidato à Presidência em 2014 - colocou-se como porta-voz das bandeiras de oposição ao fazer um discurso inflamado em que criticou a "omissão" do governo em relação ao retorno da inflação. "A primeira vítima da inflação é a classe trabalhadora brasileira", disse o tucano.
"Venho aqui como companheiro da oposição para dizer que vamos estar firmes denunciando a omissão do governo em relação ao retorno da inflação, que penaliza principalmente os trabalhadores", continuou.
A resposta do governo veio em uma mensagem da presidente Dilma Rousseff, lida pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. "Não permitirei sob nenhuma hipótese que a inflação volte a corroer o poder aquisitivo dos trabalhadores", dizia a mensagem da presidente. Dilma, que está com pneumonia, não compareceu ao evento. Segundo o ministro, "a presidente já tomou medidas cautelosas contra o aumento de preços para não levar o País à recessão, que gera desemprego". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.