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Inflação do Reino Unido sobe 3% em janeiro, acima das expectativas

Economistas consultado pela Reuters projetavam que a taxa ficaria em 2,8% nos doze meses até janeiro

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 08h18.

O Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) do Reino Unido divulgou nesta quarta-feira, 19, que a taxa de inflação do país subiu para 3% em janeiro, acima das projeções de analistas.

Economistas consultados pela agência Reuters esperavam uma taxa de até 2,8% nos doze meses até janeiro.

O ONS informou que os maiores impulsionadores da variação mensal do índice de inflação foram os preços de transporte, alimentos e bebidas não alcoólicas.

O núcleo da inflação, que desconsidera os preços mais voláteis de energia, alimentos, álcool e tabaco, subiu 3,7% nos 12 meses até janeiro, acima dos 3,2% registrados no mês anterior.

“A inflação aumentou significativamente este mês, atingindo sua maior taxa anual desde março do ano passado. O aumento foi impulsionado pelos preços das passagens aéreas, que não caíram tanto quanto normalmente vemos nesta época do ano, impactados em parte pelo momento dos voos durante o Natal e o Ano Novo. Esta foi a menor queda de janeiro desde 2020”, disse Grant Fitzner, economista-chefe do ONS, na quarta-feira.

Depois da divulgação dos dados, a ministra de Finanças do Reino Unido, a economista Rachel Reeves, disse que entregar crescimento econômico e “colocar mais dinheiro no bolso das pessoas” eram suas prioridades, mas  reconheceu que “milhões de famílias ainda estão lutando para cobrir suas despesas”.

Ruth Gregory, economista-chefe adjunta do Reino Unido na consultoria Capital Economics, disse em entrevista ao canal americano CNBC que o aumento na inflação não foi uma surpresa, mas foi maior do que todos esperavam.

“Não é segredo que os preços mais altos de energia irão empurrar a inflação para acima de 3% nos próximos 7 meses. Duvidamos que isso impeça o Banco de continuar cortando juros”, disse a economista. “O risco é que o aumento da inflação se prove mais persistente e as taxas sejam cortadas mais lentamente do que o esperado."

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