Mundo

Infanta quer justiça, diz advogado da filha do rei

Infanta Cristina quer que se faça justiça, disse advogado sobre o indiciamento da filha mais nova do rei da Espanha por fraude fiscal e lavagem de dinheiro

Infanta Cristina, filha mais nova do rei da Espanha: advogado explicou que está preparando o recurso contra o auto de acusação (Sergio Perez/Files/Reuters)

Infanta Cristina, filha mais nova do rei da Espanha: advogado explicou que está preparando o recurso contra o auto de acusação (Sergio Perez/Files/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 09h24.

Barcelona - A infanta Cristina quer que "se faça justiça", declarou nesta quarta-feira seu advogado, Miquel Roca, sobre o indiciamento ontem da filha mais nova do rei da Espanha por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

O advogado, que conversou ontem com Cristina, disse aos meios de comunicação que "intui" que ela "não estaria muito contente" com sua acusação no "caso Nóos", relacionado a supostas atividades ilegais na entidade filantrópica Instituto Nóos, cujo ex-presidente foi Iñaki Urdangarin, ex-marido da infanta.

Roca explicou que está preparando o recurso contra o auto de acusação e, após expressar seu respeito pela decisão do juiz José Castro, opinou: "isto não é um jogo de futebol, é uma coisa séria na qual estão em jogo direitos, interesses e avaliações".

Miquel Roca comunicou ontem pela tarde à infanta sobre o conteúdo do processo no qual o juiz concorda em convocá-la para depor em 8 de março como acusada por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

A infanta Cristina reside com sua família na cidade suíça de Genebra desde 2013.

O juiz Castro afirma que há indícios suficientes de que a infanta Cristina permitiu que a Aizoon, sociedade da qual detinha 50% ao lado de seu ex-marido, "servisse de escudo imprescindível para a prática de delitos fiscais" e gastou fundos da empresa sabendo de sua origem ilícita.

Esta sociedade teria servido para encaminhar a distribuição de lucros das atividades ilícitas do Instituto Nóos, que obteve fundos públicos de forma irregular quando Urdangarin o presidia.

Sobre um tratamento diferenciado que a infanta poderia receber, Roca disse que esta questão "só a justiça pode resolver".

"O que posso dizer é que estamos defendendo o direito da infanta não ser considerada imputada nesta causa", afirmou o advogado, que não adiantou a argumentação que usará para defender sua cliente.

Acompanhe tudo sobre:EuropaPiigsFraudesEspanhaLavagem de dinheiro

Mais de Mundo

Comício de político e ex-astro do cinema deixa 40 mortos na Índia

Trump ameaça demissões em massa caso governo paralise

Trump insinua um avanço nas negociações de paz no Oriente Médio

Prefeito de Nova York, Eric Adams, desiste de disputar reeleição