Agência de notícias
Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 15h29.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2025 às 15h29.
O Brasil se mantém como o maior exportador de alimentos industrializados do mundo, com os Estados Unidos como seu segundo maior comprador. Diante das primeiras medidas do presidente americano Donald Trump, o setor acompanha os desdobramentos com cautela, mas vê oportunidades nesse novo cenário.
"Estamos com postura cautelosa, assim como o governo brasileiro. Seguimos acompanhando diariamente todas as decisões e conexões. Em um mês de governo Trump é difícil falar sobre impacto, mas o Brasil pode aproveitar oportunidades", afirmou João Dornellas, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
Em 2024, as exportações brasileiras de alimentos industrializados atingiram 80,3 milhões de toneladas, um crescimento de 10,4% em relação a 2023. A China foi o principal destino, seguida pelos Estados Unidos.
A receita com as exportações somou US$ 66,3 bilhões, representando um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior. Para 2025, a expectativa da Abia é que os embarques alcancem entre US$ 68 bilhões e US$ 70 bilhões.
Com a redução do desemprego e o aumento da renda, o faturamento da indústria de alimentos no Brasil atingiu R$ 1,2 trilhão em 2024, um recorde histórico. O valor representa 10,8% do PIB nacional e teve alta de 9,98% em termos nominais em comparação ao ano anterior.
Do total faturado:
Apesar do crescimento, o setor enfrentou desafios como:
"A indústria absorveu parte desses custos, mas investimentos em novas plantas e maquinário trouxeram ganho de eficiência ao setor", destacou Dornellas.
Em 2024, a indústria de alimentos investiu R$ 40 bilhões, distribuídos da seguinte forma:
A Abia projeta que os investimentos no setor alcancem R$ 120 bilhões entre 2023 e 2026.
Além disso, o setor registrou um crescimento significativo:
No mercado de trabalho, a indústria de alimentos criou 72 mil empregos em 2024. Atualmente, 10,4 milhões de trabalhadores atuam na cadeia produtiva, o que representa 10,1% do total de pessoas ocupadas no país.
(Com informações da Abia)