Mundo

Indonésia vincula atentado suicida em delegacia com EI

O criminoso, identificado como Nour Rohman, entrou na delegacia, mas ao ser interceptado optou por detonar o explosivo


	Indonésia: "As atuais leis limitam a ação da Polícia para realizar uma intervenção antecipada sobre pessoas suspeitas de terrorismo"
 (Maulana Surya / Reuters)

Indonésia: "As atuais leis limitam a ação da Polícia para realizar uma intervenção antecipada sobre pessoas suspeitas de terrorismo" (Maulana Surya / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 09h29.

Bangcoc - O Serviço de Inteligência da Indonésia vinculou nesta terça-feira o ataque cometido por um terrorista suicida em uma delegacia da cidade de Surakarta, no centro da ilha de Java, com um simpatizante do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

O criminoso, identificado como Nour Rohman, entrou na delegacia onde vários policiais se preparavam para uma reunião matinal, mas ao ser interceptado optou por detonar o explosivo que carregava causando a sua morte e ferindo um oficial.

O diretor do Serviço de Inteligência, Sutiyoso - que como muitos indonésios não tem sobrenome -, criticou a lei antiterrorista e afirmou que o terrorista estava em uma lista de suspeitos da Polícia.

"As atuais leis limitam a ação da Polícia e dos serviços de inteligência para realizar uma intervenção antecipada sobre pessoas suspeitas de terrorismo e assim evitar atos violentos", afirmou Sutiyoso, segundo o portal de notícias "Rappler".

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, determinou que as forças de segurança persigam às organizações terroristas que atuam no país e pediu calma à população durante uma entrevista coletiva em Padang, na ilha de Sumatra.

"A violência, sob qualquer pretexto, não pode ser tolerada", declarou o líder.

Em janeiro, um grupo de jihadistas do Estado Islâmico realizou um ataque com explosivos e armas de fogo em bairro do centro de Jacarta, capital do país. Na ação, oito pessoas morreram, quatro delas terroristas.

Especialistas em segurança acreditam que o grupo extremista tenta se estabelecer na Indonésia para declarar um "califado regional".

As autoridades estimam que 500 indonésios viajaram à Síria ou ao Iraque para se aliar ao Estado Islâmico, e cerca de 100 deles teriam retornado ao país asiático.

A Indonésia, onde os muçulmanos representam 88% dos 250 milhões de habitantes, sofreu vários ataques de radicais islamitas, incluindo um dos maiores dele, em 2002, quando uma ação na turística ilha de Bali deixou 202 mortos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaAtaques terroristasEstado IslâmicoIndonésiaTerrorismo

Mais de Mundo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente