Atentado: "O plano de realizar um programa de desradicalização nunca foi realizado antes" na Indonésia, país com maior população muçulmana (Beawiharta / Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 07h24.
Bangcoc - O governo da Indonésia encomendou a sete ministérios a tarefa de realizar um programa de desradicalização em todo o país, semanas depois do ataque registrado em Jacarta por membros locais do Estado Islâmico (EI), informam nesta quarta-feira autoridades.
Durante a implementação, os ministérios, incluídas as pastas de Educação e Cultura, Leis e Direitos Humanos e Assuntos Religioso, entre outros, revisarão temas que incluem a orientação religiosa, psicologia, educação e a formação profissional.
"O plano de realizar um programa de desradicalização nunca foi realizado antes" na Indonésia, o país com maior população muçulmana do mundo, apontou o ministro de Segurança, Luhut Panjaitan, segundo reporta o meio "Channel News Ásia".
Em 14 de janeiro, supostos jihadistas do Estado Islâmico atuaram contra um posto de polícia e um centro comercial de um cêntrico bairro da capital indonésia.
No ataque morreram oito pessoas, entre elas quatro terroristas, no qual mais de 10 pessoas ficaram feridas.
Segundo a polícia, os agressores tinham a base na cidade de Só, em Java central, e atuaram sob o comando de Bahrun Naeem, um indonésio que está na Síria apoiando a luta do grupo jihadista.
Especialistas em segurança acreditam que o ataque faz parte da tentativa do Estado Islâmico para se estabelecer na Indonésia.
As autoridades acreditam também que cerca de 500 indonésios viajaram à Síria e Iraque para se unir ao EI, dos quais cem teriam retornado ao país asiático.