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Indonésia defende Sinovac e diz que melhor vacina é a disponível

A OMS endossou as vacinas da Sinovac e da AstraZeneca como seguras e com taxas de eficácia suficientes, ainda que com eficácia menor do que as vacinas de RNA

Mercado em Jakarta, na Indonésia: Coronavac é carro-chefe de imunização no país (Ajeng Dinar Ulfiana/Reuters)

Mercado em Jakarta, na Indonésia: Coronavac é carro-chefe de imunização no país (Ajeng Dinar Ulfiana/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 13 de abril de 2021 às 11h55.

A Indonésia continuará usando as vacinas desenvolvidas pela chinesa Sinovac Biotech e pela AstraZeneca, do Reino Unido, para combater a propagação da Covid-19 porque atendem aos padrões definidos pela Organização Mundial da Saúde, segundo o governo.

A OMS endossou as vacinas como seguras e com taxas de eficácia suficientes, disse a porta-voz do Ministério da Saúde, Siti Nadia Tarmizi. “Podemos garantir que as vacinas são seguras, benéficas e capazes de aumentar nossa imunidade”, afirmou por telefone na segunda-feira.

É crescente a preocupação de que as vacinas contra a Covid-19 da China sejam menos eficazes para evitar a doença do que outros imunizantes. A declaração do diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China sobre o nível de proteção mais baixo das vacinas domésticas se tornou viral nas redes sociais.

A Indonésia, o país com mais casos de Covid-19 do Sudeste Asiático, conta com essas vacinas para imunizar mais de 180 milhões de pessoas em um ano e, assim atingir, os níveis de imunidade coletiva.

Nenhum efeito colateral significativo foi relatado com o uso da vacina da AstraZeneca na Indonésia, disse Tarmizi.

Pesquisa divulgada no domingo mostrou que a taxa de eficácia da Coronavac desenvolvida pela Sinovac, usada na Indonésia e no Brasil, ficou pouco acima de 50%. Os imunizantes desenvolvidos pela Pfizer e Moderna oferecem taxas de proteção acima de 90%.

A Indonésia vai esperar pela decisão do governo chinês sobre a possibilidade de combinar diferentes tipos de vacinas para aumentar os níveis de eficácia, acrescentou Tarmizi. A BPOM, agência reguladora de alimentos e medicamentos do país, “continuará monitorando as vacinas, mas a melhor vacina é a que está disponível”, disse.

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