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Índios libertam últimos 5 reféns em hidrelétrica em MT

São Paulo - Cerca de 250 índios de dez etnias libertaram no início da noite desta segunda-feira cinco funcionários de um consórcio que constrói uma usina hidrelétrica em Aripuanã, no interior de Mato Grosso, disse o secretário adjunto de Meio Ambiente estadual, Salatiel Araújo. Os índios reclamam que a usina estaria sendo construída na área […]

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 12h37.

São Paulo - Cerca de 250 índios de dez etnias libertaram no início da noite desta segunda-feira cinco funcionários de um consórcio que constrói uma usina hidrelétrica em Aripuanã, no interior de Mato Grosso, disse o secretário adjunto de Meio Ambiente estadual, Salatiel Araújo.

Os índios reclamam que a usina estaria sendo construída na área onde existiria um cemitério indígena e também alegam que suas aldeias na região sofrem impactos por conta da construção da unidade, que fica a cerca de 1.100 quilômetros da capital Cuiabá.

"Os reféns foram libertados e agora estamos conversando com os índios", disse Araújo à Reuters por telefone.

Os índios invadiram o canteiro de obras da usina de Dardanelos no fim de semana e, inicialmente, fizeram reféns 280 trabalhadores, informou mais cedo o capitão da Polícia Militar local, Sebastião Taques.

Ele acrescentou que na noite de domingo, os índios aceitaram libertar grande parte dos funcionários, mas mantiveram três engenheiros e dois dos responsáveis pela obra.

Apesar da libertação, os índios permaneciam ocupando o local e mantinham uma reunião com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso e do consórcio responsável pela construção da hidrelétrica.

"Os índios estão tratando a gente com dignidade. Estamos fazendo uma reunião para decidir se vamos discutir as outras questões durante a noite ou amanhã cedo", afirmou Araújo.

A usina hidrelétrica de Dardanelos, que terá capacidade instalada de 216 megawatts, está sendo construída desde 2007 por um consórcio formado pela Neoenergia, empresa brasileira controlada pela espanhola Iberdrola, e as estatais Chesf e Eletronorte, ambas controladas pela Eletrobras.

A data estimada para início da operação da usina é janeiro de 2011.

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