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Indicado de Trump para Departamento de Veteranos retira sua candidatura

O chefe do Departamento de Assuntos de Veteranos retirou sua candidatura após ser acusado de beber no trabalho e receitar remédios sem controle

Trump: Ronny Jackson agradeceu a indicação do presidente americano e afirmou que as acusações sobre ele são falsas (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: Ronny Jackson agradeceu a indicação do presidente americano e afirmou que as acusações sobre ele são falsas (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de abril de 2018 às 10h39.

Washington - Ronny Jackson, o médico designado pelo presidente Donald Trump para dirigir o Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, retirou nesta quinta-feira sua candidatura depois que o Senado cancelou sua confirmação por supostas acusações de beber no trabalho e receitar remédios sem controle.

"Sempre ficarei agradecido pela confiança do presidente Trump ao dar-me esta oportunidade, mas estou retirando minha candidatura para ser secretário do Departamento de Assuntos de Veteranos com muita tristeza", disse Jackson em comunicado.

Além disso, o médico qualificou as acusações "de completamente falsas e fabricadas".

"Ao entrar neste processo, esperava perguntas complicadas sobre como oferecer o melhor cuidado a nossos veteranos, mas não esperava ter que dignificar ataques anônimos e sem fundamento sobre meu caráter e integridade", acrescentou Jackson.

O indicado por Trump, um almirante e que trabalhou como médico da Casa Branca para os três últimos presidentes, estava sob crescente escrutínio do Senado e esta semana cancelou sua audiência de confirmação.

A oposição democrata no comitê de Assuntos de Veteranos do Senado publicou esta semana um relatório que reúne entrevistas com 23 pessoas que trabalham ou trabalharam com Jackson, e o texto acusa o médico de negligência ao receitar remédios, de beber no trabalho e de gerar um ambiente de trabalho hostil.

Além disso, a emissora de televisão "CNN" e o jornal "The New York Times" informaram que, durante uma viagem ao exterior em 2015, Jackson se embebedou e esmurrou a porta do quarto de hotel de uma funcionária americana, fazendo tanto barulho que o Serviço Secreto lhe advertiu que parasse para não despertar o então presidente, Barack Obama.

O relatório democrata do Senado também afirma que Jackson era chamado na Casa Branca de "candy man" ("homem dos doces", em tradução livre) porque "proporcionava os remédios que os funcionários quisessem" sem necessidade de receita.

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