Vladimir Putin, presidente da Rússia (Contributor /Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 17 de março de 2024 às 19h56.
Com quase 80% das urnas apuradas, segundo o site Sputnik Brasil, a vitória na disputa à presidência da Rússia segue nas mãos de Vladimir Putin, com 87,1% dos votos totais ao seu favor. Projeções extraoficiais apontam que cerca de 100 milhões de votos, de um total de 112 milhões, escolheram pelo quinto mandato de Putin, que chegou ao Kremlin em 1999 depois de receber o poder das mãos de Boris Yeltsin.
Aos 71 anos, o presidente russo recebeu, pela atual contagem, cerca de 10 pontos porcentuais a mais de votos do que em 2018 (76,5%).
Trata-se da maior vitória eleitoral desde que ele chegou ao poder, o que lhe permitirá permanecer no Kremlin até 2030.
Mais cedo, em discurso à TV estatal, assim que as votações foram encerradas, Putin já comemorava a vitória, dizendo que a sua reeleição permitirá à Rússia "consolidar a sociedade". "Indica confiança e esperança em mim."
Para ele, o resultado mostra que o país estava certo ao escolher seu caminho atual.
As eleições presidenciais na Rússia foram realizadas entre 15 a 17 de março. Além de Putin, concorreram Nikolai Kharitonov (KPRF), Vladislav Davankov (Novye Lyudi) e Leonid Slutsky (LDPR) que somam 4,22%, 4,06% e 3,16% dos votos contados até aqui, respectivamente.
Apesar dos controles rigorosos, foram registrados dezenas de casos de vandalismo nas assembleias de voto durante o processo eleitoral.
Várias pessoas foram presas, inclusive em Moscou e São Petersburgo, após tentativas de incendiar e detonar explosivos em locais de votação. Outras foram detidas por jogar antisséptico verde ou tinta nas urnas.
Alguns eleitores ouvidos pelo jornal The New York Times expressaram "gratidão" a Putin por inaugurar um período de relativa prosperidade econômica após a difícil transição do comunismo na década de 1990, ignorando os efeitos da invasão da Ucrânia e das sanções ocidentais.
Assim que as primeiras pesquisas de boca de urna foram se tornando públicas, a Casa Branca, sede oficial do presidente Joe Biden, soltou comunicado dizendo que Putin "prendeu os seus oponentes e impediu que outros concorressem contra ele", frisando que o pleito "obviamente, não foi livre e nem justo".
Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a falta de legitimidade no processo, que chamou de "imitação de eleições". "As eleições russas são uma farsa ilegítima", completou.
Segundo ele, Putin "quer governar para sempre".