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Índia decidirá se criança estuprada por padrasto poderá abortar

Quando a menina denunciou os crimes, havia vencido o prazo de 20 semanas durante o qual são autorizadas as interrupções voluntárias de gravidez

Criança: defensores dos direitos das mulheres militam para estender o prazo a 24 semanas (Mark Kolbe/Getty Images)

Criança: defensores dos direitos das mulheres militam para estender o prazo a 24 semanas (Mark Kolbe/Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de maio de 2017 às 11h30.

Última atualização em 16 de maio de 2017 às 18h37.

A justiça indiana decidirá se uma menina de 10 anos grávida depois de ter sido estuprada repetidamente por seu padastro pode abortar, anunciou a polícia nesta terça-feira.

A menina, a quem sua mãe deixava com frequência em casa quando ia trabalhar em obras de construção, contou ter sido vítima de estupros reiterados. O padrasto foi detido.

Quando a menina denunciou os crimes, havia vencido o prazo de 20 semanas durante o qual são autorizadas as interrupções voluntárias de gravidez, caso a vida da mãe ou de seu filho corram perigo.

"Recorremos ao tribunal competente para pedir que ordene uma interrupção da gravidez", explicou à AFP Pankaj Nain, chefe da polícia de Rohtak, no estado de Haryana (norte). "Agora cabe à justiça decidir", acrescentou.

Nos últimos meses, várias mulheres vítimas de estupro ou de tráfico de seres humanos recorreram à principal jurisdição indiana para pedir autorização para abortar após o prazo legal.

Os defensores dos direitos das mulheres militam para estender este prazo a 24 semanas, alegando que as vítimas de estupro demoram a declarar uma gravidez.

A Suprema Corte autorizou em 2015 uma adolescente de 14 anos vítima de estupro a abortar após o prazo legal.

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