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Índia x Paquistão: qual país tem caça mais letal? Conheça arsenal de aviões e ogivas nucleares

A Caxemira é uma região de maioria muçulmana dividida entre Índia e Paquistão, disputada por ambos os países desde que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947

Caça Dassault Rafale da Índia (Reprodução)

Caça Dassault Rafale da Índia (Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de maio de 2025 às 10h16.

O conflito entre Índia e Paquistão ficou ainda mais tenso nesta quarta-feira, 8, com bombardeios das forças de Nova Délhi contra o país vizinho e uma troca de disparos de artilharia na disputada região da Caxemira, um conflito que deixou 26 mortos do lado paquistanês e 12 do lado indiano. Até 1947, a Índia e o Paquistão faziam parte do mesmo território sob o domínio colonial britânico e, desde então, as relações entre potências nucleares do Sul da Ásia são sempre espinhosas.

Batizada de Operação Sindoor, a Índia usou pela primeira vez os caças Rafale, armados com mísseis de cruzeiro Scalp e bombas de precisão HAMMER. Já o Paquistão tem em sua frota os caças F-16 de fabricação americana, introduzidos na década de 1970.

O Dassault Rafale é um caça multifunção considerado de 4,5ª geração. Equipado com radar avançado, design furtivo e sistemas de guerra eletrônica, ele realizou ataques precisos contra instalações-chave dos grupos Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammed no Paquistão.

Rafale da Índia vs F-16 do Paquistão

O Rafale é o caça mais avançado no arsenal da Força Aérea Indiana (IAF), com várias melhorias específicas solicitadas pelo país, incluindo o míssil Meteor de alcance além do visual (BVR), avançados sistemas de guerra eletrônica e sistemas de radar e comunicação.

Segundo especialistas, esta operação mostrou que o Rafale, equipado com armamentos europeus de última geração, supera o veterano F-16 em missões de ataque profundo e precisão.

Os F-16 Fighting Falcon, usados pelo Paquistão, são muito eficientes em combates de proximidade, os chamados “dogfights”, mas ficam atrás em missões de ataque e aviônicos. A frota enfrenta desafios de manutenção devido a restrições financeiras e à supervisão dos EUA, o que limita sua disponibilidade operacional.

Enquanto o Rafale é compatível com armamentos de longo alcance e precisão, como o míssil de cruzeiro Scalp (ataque profundo, com alcance de 450 km) e o míssil ar-ar Meteor, o F-16, por sua vez, pode carregar um míssil guiado por radar usado para abater aeronaves a longa distância e uma bomba comum equipada com GPS para atingir alvos terrestres com alta precisão.

O sistema SPECTRA de guerra eletrônica do Rafale é considerado um dos melhores do mundo, oferecendo interferência ativa, identificação de ameaças, iscas contra radar e contramedidas contra mísseis antiaéreos e radares inimigos. Os F-16 do Paquistão ainda não foram modernizados com equipamentos voltados para a guerra eletrônica moderna.

Embora ambos os caças sejam capazes em combates próximos, o Rafale tem uma vantagem clara em combates além do alcance visual. Ele consegue detectar, engajar e eliminar ameaças antes mesmo que o F-16 esteja dentro do alcance.

Índia e Paquistão têm 342 ogivas nucleares

A Índia tem 1,4 milhão de militares ativos em suas forças de defesa – 1.237.000 no Exército, 75.500 na Marinha, 149.900 na Força Aérea e 13.350 na Guarda Costeira. A força do Paquistão é menor, com menos de 700 mil militares, dos quais 560 mil estão no Exército, 70 mil na Força Aérea e 30 mil na Marinha.

O arsenal da Índia inclui 9.743 peças de artilharia, contra 4.619 do Paquistão, e 3.740 tanques de batalha principais, em comparação com os 2.537 do Paquistão.

A Índia possui 172 ogivas e o Paquistão possui um número quase igual, com 170, de acordo com números da Associação para o Controle de Armas. Os dois países não integram o Tratado de Não Proliferação Nuclear (NPT).

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