Mundo

Índia satisfeita por EUA suspender ajuda militar ao Paquistão

Os Estados Unidos deixaram de fornecer US$ 800 milhões ao país

O ministro indiano das Relações Exteriores, S. M. Krishna: "não é desejável que esta região seja fortemente armada pelos Estados Unidos, o que perturbaria o equilíbrio da região" (Munir Uz Zaman/AFP)

O ministro indiano das Relações Exteriores, S. M. Krishna: "não é desejável que esta região seja fortemente armada pelos Estados Unidos, o que perturbaria o equilíbrio da região" (Munir Uz Zaman/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 11h08.

Nova Délhi - A Índia manifestou sua satisfação nesta segunda-feira pela decisão dos Estados Unidos de suspender sua ajuda militar no valor de 800 milhões de dólares ao Paquistão, considerando que esse apoio financeiro a seu vizinho e inimigo teria perturbado o equilíbrio de poder do sul asiático.

"Não é desejável que esta região seja fortemente armada pelos Estados Unidos, o que perturbaria o equilíbrio da região", declarou o ministro indiano das Relações Exteriores, S. M. Krishna, citado pela agência Press Trust of India (PTI). "A Índia recebe com agrado esta medida", acrescentou.

Os Estados Unidos suspenderam parte de sua ajuda militar ao Paquistão devido a algumas medidas tomadas pelo governo desse país, segundo anunciou neste domingo o secretário-geral da Casa Branca, William Daley, confirmando uma informação do jornal The New York Times.

"O Paquistão tomou medidas que nos levaram a suspender parte da ajuda que damos ao exército paquistanês", afirmou Daley, intrevistado pelo canal ABC.

A secretária de Estado americana Hillary Clinton havia alertado no mês passado que os Estados Unidos reduziriam a ajuda militar ao Paquistão a menos que este país adotasse medidas concretas para colaborar com os Estados Unidos.

Um assessor do presidente Barack Obama evocou a deterioração das relações entre os dois países depois da eliminação do chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, em um ataque de um comando americano dentro do Paquistão em 2 de maio passado.

Islamabad, que afirma que este ataque constituiu uma violação de sua soberania territorial, reagiu ordenando a partida de conselheiros militares americanos.

Recentemente, houve um aumento das pressões em Washington sobre a administração Obama - que forneceu 2,7 bilhões de dólares em assistência de segurança no ano passado a Islamabad - para diminuir essas ajudas.

De acordo com o New York Times, cerca de 800 milhões de dólares em ajuda militar e equipamento, ou mais de um terço dos mais de 2 bilhões de dólares anuais de assistência americana ao Paquistão, poderiam ser afetados pela suspensão.

Por outro lado, o Exército paquistanês afirmou que pode funcionar sem a ajuda financeira estrangeira, segundo o porta-voz das Forças Armadas, depois do anúncio da suspensão de parte da ajuda militar dos Estados Unidos ao Paquistão.

Em uma mensagem enviada à AFP, o general Athar Abbas afirma que não recebeu até o momento nenhuma notificação oficial da decisão americana.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)ÍndiaPaíses ricosPaquistão

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia