Agência de Notícias
Publicado em 7 de junho de 2025 às 18h35.
A taxa de pobreza extrema na Índia caiu drasticamente para 5,3% no período 2022-2023, frente aos 27,1% registrados em 2011-2012, representando uma redução de quase 270 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza na última década, segundo informou um relatório do Banco Mundial.
"O caso da Índia teve um impacto considerável nas estimativas regionais e globais", enfatiza o relatório, que atualiza a Plataforma de Pobreza e Desigualdade (PIP) com dados até 2023 e novas linhas de pobreza baseadas na paridade do poder de compra de 2021.
De acordo com os dados mais recentes do Banco Mundial, o número absoluto de pessoas vivendo em extrema pobreza na Índia caiu de 344,41 milhões para 75,22 milhões em dez anos.
A melhora nos indicadores é atribuída ao aumento do consumo medido, a uma melhor avaliação dos subsídios públicos e ao uso de novos deflatores de preços, de acordo com o documento técnico.
Além do declínio da pobreza extrema, a proporção de pessoas vivendo com menos de US$ 4,20 por dia (cerca de R$ 23) - a linha de pobreza típica de países de renda média-baixa - também caiu de 57,7% em 2011 para 23,9% em 2022.
O declínio foi especialmente notável nas áreas rurais, onde a pobreza extrema caiu de 18,4% para 2,8%, enquanto nas cidades caiu de 10,7% para 1,1%, segundo dados oficiais.
No entanto, o Banco Mundial adverte que, embora as mudanças metodológicas aproximem os dados indianos dos padrões internacionais, persistem limitações na comparabilidade entre pesquisas e na mensuração da desigualdade, pois o consumo das famílias mais ricas nem sempre é registrado com precisão, o que pode subestimar a verdadeira desigualdade.
Com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia contribuiu significativamente para a redução da pobreza extrema no Sul da Ásia, cuja taxa caiu de 9,7% em 2011 para 7,3% em 2022, representando 45 milhões de pessoas a menos nessa situação na região.