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Índia: protestos por entrada de mulheres em templo tem 1,4 mil detidos

As forças de segurança realizaram até o momento 745 detenções e 628 detenções "preventivas", além de apresentar 559 denúncias por protestos

Protesto na Índia contra a entrada de mulheres em um templo (Sivaram V/Reuters)

Protesto na Índia contra a entrada de mulheres em um templo (Sivaram V/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de janeiro de 2019 às 11h18.

Nova Délhi- A polícia da Índia deteve cerca de 1,4 mil pessoas pelos protestos violentos ocorridos no estado de Kerala desde que duas mulheres em idade de menstruar entraram no templo hindu de Sabarimala na madrugada de quarta-feira.

As forças de segurança realizaram até o momento 745 detenções e 628 detenções "preventivas", além de apresentar 559 denúncias por protestos que terminaram com dezenas de feridos e veículos destruídos, indicou hoje à Agência Efe uma porta-voz do Centro de Informação da polícia de Kerala, Kala.

"Os protestos ainda continuam", advertiu a fonte.

Na quarta-feira, duas mulheres de cerca de 40 anos entraram no templo de Sabarimala escoltadas por agentes da ordem, as primeiras a conseguirem desde que em setembro Supremo Tribunal suspendeu a proibição de entrada que pesava sobre as as mulheres de entre 10 e 50 anos, "impuras" por estar em idade de menstruar.

Nos últimos meses, dezenas de mulheres tentaram sem sucesso realizar a peregrinação de 5 quilômetros a Sabarimala, frustradas por centenas de devotos e manifestantes de grupos de extrema-direita hindus.

A sentença do principal órgão judicial chegou em setembro, após uma pedido promovida em 2006 pela Associação de Jovens Advogados da Índia para desafiar a tradição centenária contra as mulheres em idade de menstruar.

A decisão suscitou protestos dos seguidores do solteiro deus Ayyappa e de grupos de extrema-direita hindus. EFE

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