Mundo

Índia: necessidade de reformar Conselho de Segurança é urgente

Segundo o ministro de Assuntos Exteriores do país, carta de 1945 da organização pode estar datada

O ministro de Assuntos Exteriores indiano, Somanahalli Mallaiah Krishna (Getty Images)

O ministro de Assuntos Exteriores indiano, Somanahalli Mallaiah Krishna (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 12h26.

Nova Délhi - A Índia considera que é urgente reformar o Conselho de Segurança da ONU, no qual o país aspira conseguir um assento permanente, disse nesta terça-feira o ministro de Assuntos Exteriores indiano, S. M. Krishna.

"A carta da ONU de 1945 ainda é vinculativa no século 21 e isso precisa ser analisado. Nos últimos 60 anos, muitos países alcançaram a independência, esse novo cenário deve ser refletido", defendeu o ministro, citado pela agência indiana "Ians".

"O anelo de reformas é talvez muito urgente e muito premente, e as nações que fazem parte (da ONU) estão inclinadas em direção a isso", acrescentou o responsável da diplomacia indiana diante de uma delegação de jornalistas de países da Europa oriental.

Krishna justificou a demanda de um assento permanente para a Índia por uma questão de representatividade, porque o país tem mais de 1 bilhão de habitantes, e lamentou o fato de o continente africano não ter membros permanentes no Conselho de Segurança.

A Índia assumiu em janeiro um dos assentos não-permanentes do Conselho, por um período de dois anos, e com o aval, lembrou o ministro, de ter recebido 187 votos favoráveis - de um total de 190 estados.

"A Índia será objetiva, responsável e seus esforços serão fortalecer a paz, o desenvolvimento e a estabilidade globalmente", disse Krishna sobre o mandato de dois anos de seu país no Conselho.

O Conselho de Segurança conta atualmente com dez membros não-permanentes e outros cinco - Estados Unidos, Rússia, Reino Unido França e China - o são.

Os quatro primeiros apoiaram em público a demanda indiana de unir-se ao clube, enquanto a China, rival tradicional da Índia, se limitou a manter que "entende e apoia" a aspiração do país em ter um papel maior no organismo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaÍndiaONU

Mais de Mundo

Trump diz que definirá tarifas unilaterais nas próximas duas semanas

Sob Trump, confiança nos EUA cai ao redor do mundo, incluindo no Brasil, revela pesquisa

EUA anuncia retirada de diplomatas do Iraque em meio a tensões com o Irã

Militares dos EUA autorizam saída voluntária de familiares de tropas no Oriente Médio