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Índia e China decidem aumentar comércio bilateral até 2015

Os dois países querem atingir US$ 100 bi nos intercâmbios, contra uma estimativa de US$ 60 bi em 2010

Singh, premiê indiano: país quer diminuir déficit comercial exportando para a China (Getty Images)

Singh, premiê indiano: país quer diminuir déficit comercial exportando para a China (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 08h43.

Nova Délhi - Índia e China estabeleceram a meta bilateral de atingir os US$ 100 bilhões nos intercâmbios comerciais entre ambos até 2015, tal como indica a declaração conjunta emitida após a reunião entre os primeiros-ministros dos dois países em Délhi.

O premiê chinês Wen Jiabao e o indiano Manmohan Singh expressaram satisfação com o aumento registrado no comércio e nos investimentos bilaterais. Eles concordaram em "seguir expandindo e equilibrando a cooperação econômica e comercial".

A menção ao "equilíbrio" nos intercâmbios comerciais se refere à preocupação da Índia com o déficit registrado deste país nos últimos anos.

Nos primeiros dez meses do ano, segundo números oficiais indianos, a Índia fez exportações à China no valor de US$ 17 bilhões e importações de pouco mais de US$ 32,8 bilhões.

A previsão oficial é de que o comércio total fique em US$ 60 bilhões ao fim deste ano.

"As partes convieram em adotar medidas para promover maiores exportações indianas à China, com a vista posta em reduzir o déficit comercial da Índia", diz a declaração conjunta.

Singh e Wen assinaram nesta quinta-feira uma série de acordos, entre eles um de cooperação em energias renováveis e dois de intercâmbios culturais e midiáticos, além de um memorando de entendimento entre o Banco de Reserva da Índia (banco central) e a Comissão de Regulação Bancária da China.

Ambos também acordaram permitir a abertura de bancos de um país no outro, com "modalidades que serão determinadas pelas autoridades pertinentes".

Para facilitar seu novo objetivo de comércio, os primeiros-ministros decidiram abrir um Diálogo Econômico Estratégico e constituíram um fórum bilateral de empresários que fará "recomendações para a expansão da cooperação comercial e dos investimentos".

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